Finanças
Morning Call: Wall Street será movimentada pelos balanços de grandes bancos
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global e bolsa de valores
No cenário global, os mercados continuam de olho na pressão inflacionária nesta quinta-feira, enquanto no cenário doméstico, o investidor fica de olho nas intervenções do Banco Central no câmbio, como ontem quando anunciou um leilão extraordinário de US$ 1 bilhão de swap cambial. Voltando para o tema de inflação, que preocupa o mundo, o número recorde para os preços ao produtor na China, depois de dados acima do esperado para a alta dos preços ao consumidor nos Estados Unidos na véspera, mantém o tema sobre holofotes. Além disso, este ambiente inflacionário mexe com as taxas de juros nos EUA e valoriza o dólar, que chegou a uma máxima de mais de um ano esta semana diante das crescentes apostas do início da redução de estímulos em novembro e uma alta dos juros nos EUA em 2022. Mais um dado de preços nos Estados Unidos, desta vez o PPI, deve confirmar a inflação elevada. Já Wall Street será movimentada pelos balanços de quatro grandes bancos (Wells Fargo, BofA, Citi e Morgan Stanley), todos antes da abertura.
As pressões de custo nas fábricas chinesas continuaram a se acumular no último mês diante da alta dos preços de energia e reduz a esperança de um arrefecimento da inflação global no curto prazo. O PPI chinês subiu 10,7% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020, tornando-se a maior alta desde 1996. A alta recorde foi puxada principalmente pelos preços do carvão e de alguns produtos intensivos em energia, informa o Escritório Nacional de Estatísticas. Neste caso, para o mercado, o maior receio é de que o ambiente inflacionário prejudique a retomada da economia e o crescimento, os últimos dados apresentados já sinalizam esta desaceleração econômica na China, apesar dos avanços ainda estarem bem acima da média global.
Futuros: Dow Jones (+0,62%), S&P 500 (+0,70%), Nasdaq (+0,82%); Petróleo: Brent a US$ 84,20 (+1,23%); Ouro: +0,20%, a US$ 1.798,30 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-note de 10 anos a 1,53440 (de 1,53960); Bolsas na Europa: Londres (+0,75%) a 7.195.69; Frankfurt (+0,85%) a 15.379,54; Paris (+0,82%) a 6.651,37; Madrid (+1,09%) a 8.978,50.
Cenário no Brasil
Aqui, o IBGE informa o volume de serviços em agosto, enquanto o Banco Central realiza novo leilão extraordinário de swap cambial (mais US$ 1 bilhão), provendo mais liquidez ao mercado depois de uma operação que pegou o mercado de surpresa na quarta-feira e que derrubou o dólar de máximas acima de 5,57 reais para R$ 5,50. Antes de o BC atuar no câmbio, dólar subia ante o real na contramão da queda lá fora, refletindo os riscos domésticos e a perspectiva de piora do fluxo a partir do tapering, que deve ser anunciado pelo Fed em novembro. O tesouro faz a sua oferta semanal de títulos prefixados. Na Câmara, passou ontem à noite o projeto do ICMS fixo sobre os combustíveis.
Ibovespa
A bolsa brasileira teve um respiro na quarta-feira, seguindo a tendência global de maior apetite por risco, em movimento liderado por papéis de empresas ligadas ao mercado doméstico. O Ibovespa avançou 1,14%, com volume financeiro de R$64,8 bilhões, puxado pelo vencimento de opções sobre o índice. O IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos).
Indicadores e eventos |
EUA: Balanços de Bancos (antes da abertura) |
IBGE: volume de serviços (9h) |
BC faz leilão de swap extra (9h30) |
EUA: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30) |
EUA: PPI de setembro e Núcleo do PPI (9h30) |
EUA/DoE: Estoques de petróleo (11h30) |