Começaram a ser negociadas na Nasdaq nesta terça-feira (19) as opções do fundo ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT). Com isso, investidores poderão usar derivativos para apostar a favor ou contra a maior criptomoeda do mundo.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já havia aprovado a listagem de opções para ETFs de Bitcoin à vista no mês passado. Mas ainda faltava a liberação da Options Clearing Corporation (OCC) para que o produto pudesse ser disponibilizado para negociação. O sinal verde veio na última segunda-feira (18).
LEIA MAIS: Bitcoin se mantém acima de US$ 91 mil, mas há risco de correção à frente
Opções são derivativos que permitem que investidores comprem ou vendam um determinado ativo — o IBIT neste caso — a um preço predeterminado dentro de um período especificado, seja para apostar na alta ou na baixa desse ativo. Funciona mais ou menos assim: o investidor compra a opção de comprar ou vender um ativo no futuro, a um determinado preço. E ele poderá exercer essa opção – ou não – lá na frente, a depender da evolução do preço.
Na prática, a opção aumenta o potencial de ganho e, portanto, também eleva o risco. Por isso, a estratégia é bastante usada por traders, pois permite que eles façam apostas alavancadas, mas também protejam outras posições em carteira ao se posicionarem de formas diferentes sobre cada ativo.
LEIA MAIS: Bitcoin se recupera da maior ressaca de tokens desde as eleições nos EUA
“Colocar essas opções de IBIT no mercado será muito empolgante para os investidores, porque é isso que realmente ouvimos eles pedirem”, disse Alison Hennessy, chefe de listagens de ETP na Nasdaq para a Bloomberg TV.
Hennessy diz que a Nasdaq e a BlackRock têm trabalhado com reguladores há mais de 10 meses para fazer isso acontecer.
O iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) já acumulou mais de US$ 43 bilhões em ativos sob gestão desde seu lançamento, em janeiro deste ano, superando inclusive o ETF de ouro da gestora, que possui US$ 32,6 bilhões.
Ter opções de um ETF expande as possibilidades de negociação do fundo, direcionando volumes e mais ativos para o produto, disse Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg Intelligence.
“Esse grupo de ETFs não precisava disso. Eles são bem-sucedidos por mérito próprio. Mas isso é um grande vento favorável para uma situação já gigante”, afirmou ele.
Veja também
- Acionistas da Microsoft recusam proposta de investimento em Bitcoin
- Entrada de capital em ETFs de Bitcoin beira US$ 10 bilhões desde eleição de Trump
- Trump nomeia David Sacks como czar de criptomoedas e IA
- Bitcoin bate nova máxima acima de US$ 103 mil após escolha de Trump para a SEC
- Trump escolhe Paul Atkins para chefiar a SEC — e mercado cripto celebra