Finanças

Pandemia criou ‘superpoupadores’ e é preciso cautela na retomada dos gastos

Para alguns, confinamento foi ‘economia forçada’; especialista dá 3 dicas para seguir poupando.

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A pandemia de covid-19 levou várias pessoas a perderem seus empregos ou terem sua renda reduzida – especialmente entre trabalhadores informais. Mas, entre aquelas pessoas que conseguiram manter seus ganhos, um fenômeno muito comum foi a redução de gastos e aumento do dinheiro poupado e investido. Agora, em meio à retomada das atividades, é preciso atenção às finanças. 

A análise é da economista Sofia Gancedo, COO e cofundadora da Bricksave. Ela comenta a situação das pessoas que viram seus gastos diminuírem em decorrência do confinamento – ou seja,  reduziram o consumo nos setores de serviços, como turismo, gastronomia e entretenimento, ou que, diante da incerteza, optaram por serem mais cautelosos.

Assim, esses consumidores acabaram se tornando os “poupadores da pandemia”, também chamados de “superpoupadores”. Gancedo pontua que, para muitos, foi uma espécie de economia forçada, mas à medida que o processo global de vacinação avança e a economia começa a se recuperar, é provável que esses poupadores de pandemia aumentem gradualmente os níveis de gastos novamente.

Nesse cenário, a especialista aponta que é preciso se manter atento para não deixar de poupar. “É necessário pensar o que estamos fazendo com o nosso dinheiro e o que queremos fazer, no que se refere ao pagamento de dívidas, poupança e investimento”, afirma Gancedo.

Veja abaixo 3 dicas da especialista para conseguir continuar poupando em meio à retomada da economia e ao retorno de alguns gastos:

Crédito: Envato

1- Defina suas metas financeiras e crie um orçamento

Gancedo ressalta que o primeiro passo é estabelecer metas financeiras – ou seja, o que o consumidor quer realizar no curto, médio e longo prazo. “Os planos podem ser a recuperação das finanças, ter um emprego extra para complementar a renda, empreender ou investir. Que tal definir onde você quer estar em cinco anos?”, propõe a especialista.

A recomendação seguinte é organizar o orçamento pessoal, começando pelo diagnóstico das despesas. Isso inclui tanto itens essenciais, como despesas de moradia e educação, como gastos com lazer, por exemplo. É preciso ainda incluir um valor para “extras ou imprevistos”. 

A ideia é que, com esse diagnóstico em mãos, a pessoa tenha mais facilidade para identificar gastos exagerados, por exemplo. 

2 – Crie metas para poupar

“Poupar não é o que sobra do salário. Muitas vezes é preciso fazer sacrifícios”, ressalta Gancedo, destacando também a importância de ter uma boa reserva de emergência. “É como correr”, diz a economista, acrescentando que o principal ponto é adquirir o hábito de poupar.

3 – Tenha atenção ao escolher seus investimentos

Gancedo aponta que o investidor deve avaliar as opções antes de investir seu dinheiro, tendo a certeza de não se deixar levar por promessas de alta rentabilidade. 

Sobre investimentos considerados de alto risco (ou seja, que podem trazer uma rentabilidade maior no longo prazo, mas com volatilidade e chance de perdas), ela faz uma recomendação especial: “invista em ativos que você realmente conheça e com uma quantia que esteja disposto a perder. Não corra riscos com o dinheiro que você precisa”.

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