Finanças

Prefixados sobem após IBC-BR e expectativa para votação do arcabouço fiscal

Taxa oferecida pelo prefixado 2026 era de 11,35% ao ano nesta tarde, ante 11,32% na véspera.

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As taxas dos títulos do Tesouro Direto registravam alta nesta sexta-feira (19) na esteira da divulgação do Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e também da votação do arcabouço fiscal prevista para a próxima semana.

A taxa oferecida pelo prefixado 2026 era de 11,35% ao ano nesta tarde, ante 11,32% na véspera. Já o título com vencimento em 2029 era negociado a 11,83% ao ano, contra remuneração de 11,76% na quinta-feira.

As taxas oferecidas pelos títulos IPCA + (que são atrelados ao indicador que mede a inflação) também subiam. Os papéis com vencimento em 2029 ofereciam rentabilidade de 5,50% mais IPCA, enquanto na véspera, a taxa era de 5,46%.

O título com vencimento mais longo, em 2045, remunera o IPCA mais 5,91%, contra 5,89% da véspera. 

Impactos

A queda nas taxas ocorre após a divulgação do IBC-Br que, embora tenha registrado queda no mês de março em relação ao mês de fevereiro, avançou 5,46% ante o mesmo mês do ano passado. Em relatório divulgado nesta sexta-feira, Rodolfo Margato, economista da XP, avaliou que os últimos indicadores de atividade doméstica surpreenderam positivamente.

“Além do forte desempenho de setores menos sensíveis ao ciclo econômico (agropecuária e indústria extrativa como protagonistas), o consumo das famílias mostra resiliência em meio ao aumento da renda real disponível (tendo em vista a recuperação do mercado de trabalho e as maiores transferências do governo)”.

O que também mexe com a taxa dos prefixados, na avaliação de Felipe Pontes, da L4 Capital, são as expectativas em torno do novo projeto do arcabouço fiscal que deve ser votado na próxima semana na Câmara dos Deputados.

Na última quarta-feira, a Câmara aprovou um requerimento que confere regime de urgência para o projeto, o que permite uma tramitação acelerada da proposta, que tem previsão ir a voto no plenário da Casa na próxima semana.

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