Finanças
Risco de crédito cai para níveis pré-SVB com menos turbulência
Os credit default swaps, derivativos que protegem contra inadimplência de dívida, atingiram o nível mais baixo desde 9 de março, véspera do colapso do Silicon Valley Bank.
A precificação dos riscos de crédito caiu para níveis anteriores à quebra do Silicon Valley Bank, à medida que cresce a percepção de que a turbulência bancária global diminuiu e o Federal Reserve será menos agressivo em seu aperto monetário.
Os credit default swaps, derivativos que protegem contra inadimplência de dívida, atingiram o nível mais baixo desde 9 de março, véspera do colapso do SVB, para títulos corporativos asiáticos em dólar, com grau de investimento, de acordo com um operador de mercado. A queda foi de cerca de 2 pontos-base, para 120 pontos-base, nesta segunda-feira.
Os CDSs para notas norte-americanas semelhantes também caíram na semana passada para o nível mais baixo desde 7 de março, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O desempenho mais forte do mercado de crédito corporativo, com prêmios de risco mais baixos, mostra que os investidores estão cada vez mais confiantes sobre a saúde do setor financeiro depois que as autoridades tomaram medidas para conter o contágio das crises do SVB e do Credit Suisse.
A melhora também reflete expectativas de que as condições financeiras se tornem mais brandas à medida que a ameaça de recessão freia o ritmo de aperto monetário do BC americano.
“A recuperação foi surpreendentemente rápida”, disse Pauline Chrystal, gestora de fundos da Kapstream Capital, em Sydney, referindo-se à queda nos spreads de crédito. “O Fed pode estar mais perto do fim do que antes do colapso” do SVB.
A queda dos spreads de crédito também se deve a uma recuperação no mercado de títulos corporativos. Prêmios de risco sobre dívidas asiáticas em dólar de grau de investimento tiveram a maior queda em cerca de quatro meses na semana passada, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os spreads de crédito menores levaram mais tomadores na região a buscar novas captações de dívida.
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