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5 fatos para hoje: bilionários perdem patrimônio; cofres cheios para 2022

De janeiro a maio deste ano, o patamar de arrecadação já superou em R$ 45,1 bilhões o resultado obtido no mesmo período de 2019.

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1- Bilionários brasileiros perdem US$ 7 bilhões em patrimônio em julho

A revista Forbes Brasil estima que os 67 bilionários brasileiros tenham perdido US$ 7 bilhões entre os dias 1º e 9 de julho. Somente os três fundadores da Ambev (Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira) são os responsáveis pela perda de US$ 1 bilhão.

A soma total das fortunas caiu de US$ 251,8 bilhões para US$ 244,8 bilhões. A revista leva em consideração o patrimônio dos bilionários brasileiros e a participação deles em empresas listadas em bolsa de valores. O valor total das fortunas reflete a variação do preço das ações no mês de julho.

Lemann viu sua fortuna diminuir de US$ 19,5 bilhões para US$ 18,9 bilhões durante o período analisado. O patrimônio de Telles caiu de US$ 13 bilhões para US$ 12,6 bilhões; e a de Sicupira foi de US$ 10 para US$ 9,7 bilhões.

Já os herdeiros do banqueiro Joseph Safra perderam US$ 600 milhões. Com isso, o patrimônio de Vicky Safra e seus quatro filhos é de US$ 15,5 bilhões, segundo a Forbes.

Também de acordo com a revista, o fundador da Rede D’Or, o cardiologista Jorge Moll Filho perdeu US$ 400 milhões.

Na semana passada, Lemann perdeu o posto de brasileiro mais rico para Eduardo Saverin, cofundador do Facebook. Saverin tem uma fortuna estimada em US$ 19,4 bilhões e está listado na 95ª posição no ranking global. A mudança vem depois de o Facebook ter atingido US$ 1 trilhão em valor de mercado, na semana retrasada.

2- Horizonte hoje para a política monetária é 2022, avalia diretor do BC

Questionado sobre a alta de preços administrados neste ano, sobretudo da energia elétrica, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse na segunda-feira (12) que a instituição não avalia ainda que a inércia inflacionária de 2021 para 2022 seja um risco altista nem baixista para o próximo.

O horizonte relevante para a política monetária é 2022. Qualquer choque em 2021 será importante na medida em que ele aumente a inércia para 2022. A inércia vai estar na conta, se o aumento da inflação para 2021 for muito relevante, potencialmente alguma coisa pode extrapolar para 2022, mas isso seguirá o modelo (de projeção)”, respondeu, em videoconferência organizada pelo Santander.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou pela terceira vez consecutiva a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. O colegiado passou a considerar apropriada a normalização da taxa de juros para o patamar neutro e indicou um novo ajuste de mesma magnitude ou ainda maior na Selic na próxima reunião.

Bruno Serra enfatizou há pouco que a instituição está lutando para mostrar que está comprometida com o centro da meta de inflação para 2022.

“Qualquer desancoragem das projeções preocupa. Vamos fazer o que for necessário para trazer inflação para o centro da meta no horizonte relevante. Não temos nenhum compromisso diferente, o compromisso é para acertar”, reafirmou, em videoconferência organizada pelo Santander.

Serra admitiu que o BC pode cometer erros em suas decisões, mas lembrou que a instituição sempre usa a foto do momento para decidir sobre a política monetária e evolui conforme o cenário caminha. “O mercado é bem remunerado para fazer apostas para um lado ou outro. Mas isso não pauta as decisões do BC. A gente se pauta pelas projeções de inflação e balanços de risco. O que mercado precifica ou não faz pouca diferença para a gente, a não ser no caso das projeções de inflação, que olhamos com cuidado extremo”, completou.

3- Com ‘empurrão’ da inflação, Estados se aproximam de 2022 com cofres cheios

Com o empurrão da inflação mais alta, os governadores estão com os cofres bem mais cheios na antessala da campanha eleitoral de 2022. De janeiro a maio deste ano, o patamar de arrecadação já superou em R$ 45,1 bilhões o resultado obtido no mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19.

Como há restrições legais ao aumento de despesas obrigatórias até o fim de 2021, a tendência é de que os Estados usem o caixa mais cheio no ano que vem, quando governadores querem mostrar serviço em ano de eleições após os tempos difíceis da pandemia. Um dos riscos apontados por especialistas é que os governadores usem essa sobra para aumentar despesas permanentes em 2023.

Até maio, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual e principal fonte de receita dos governadores, alcançou R$ 250 bilhões, com alta real (acima da inflação medida pelo IPCA, índice oficial) de 11%. Sobre 2020, quando a pandemia derrubou a arrecadação, as receitas deste ano subiram R$ 50,6 bilhões, aumento de 16% (veja ao lado o aumento de cada Estado).

Os dados da arrecadação do ICMS de janeiro a maio foram reunidos, a pedido do Estadão, pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) com base nas notas fiscais eletrônicas emitidas.

Puxado pelo boom internacional de alta das commodities (produtos básicos), Mato Grosso, que é produtor de alimentos, está no topo da lista dos Estados com maior crescimento da arrecadação do ICMS, 41,2% nos primeiros cinco meses do ano. O Estado de São Paulo, a maior economia do país, arrecadou 8,7% (R$ 12 bilhões) a mais em comparação a 2019, chegando a R$ 72 bilhões.

A recuperação da arrecadação dos Estados acompanha também a arrecadação do governo federal, que já cresceu R$ 96 bilhões em relação a 2019 e R$ 156 bilhões sobre o resultado do ano passado nos primeiros cinco meses do ano.

“Olhando para o aspecto político, a tendência é os governadores fazerem caixa para gastar em 2022, que é ano de eleição”, prevê o presidente da Febrafite, Rodrigo Spada. Segundo ele, 2022 é um ano em que os governadores querem ter um caixa mais elevado e vão procurar entregar obras no primeiro semestre.

Spada diz que os Estados vão procurar guardar o caixa porque a Lei Complementar 173 (que estabeleceu as regras para o socorro federal às unidades da federação) proíbe o aumento de despesas obrigatórias até o fim deste ano e ainda congelou os reajustes salariais dos servidores públicos da União, dos Estados e dos municípios.

Especialista em contas dos Estados e consultora da Febrafite, a economista Vilma Pinto avalia que essa melhoria na arrecadação é temporária e não estrutural, por causa do ciclo de commodities (produtos básicos, como alimentos, petróleo e minério de ferro) e efeito inflacionário relevante. “Será arriscado e temerário fazer aumento de gastos obrigatórios”, diz ela, em razão de duas novas legislações, que exigem mais contrapartidas de ajuste nas contas dos governadores. Vilma assume nos próximos dias uma vaga na direção da Instituição Fiscal Independente (IFI).

Já Ana Paula Vescovi, ex-secretária do Tesouro, alertou que a percepção positiva do ciclo temporário de alta dos preços de commodities pode ensejar uma visão de mais sobra para gastos do que realmente o País tem. “O risco é o caixa mais cheio do governo federal, Estados e municípios se transformar em despesas permanentes logo adiante”, disse Vescovi, que é economista-chefe do Santander e também especialista em contas estaduais.

4- Vale diz que valor definido para danos irreversíveis em Mariana não é alvo de renegociação

A Vale afirmou na segunda-feira que o valor predestinado à compensação dos danos considerados irreversíveis causados pelo rompimento de barragem da empresa em Mariana (MG), em novembro de 2015, atualmente em R$ 5 bilhões, já foi estipulado e não é objeto de renegociações em curso com autoridades.

O colapso da estrutura, que pertencia à mineradora Samarco – uma joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP – deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba, no que foi considerado à época o maior desastre socioambiental da história do país.

Segundo a Vale, o montante predestinado à compensação dos danos considerados irreversíveis pelo rompimento, foi fixado em R$ 3,6 bilhões em acordo em 2016. “Este valor, devidamente corrigido, está atualizado em R$ 5 bilhões e já foi compromissado”, disse a companhia.

Ainda segundo a Vale, desse montante foram executados R$ 1,2 bilhão, restando definição apenas quanto ao destino de aproximadamente R$ 335 milhões.

Além dos recursos compensatórios, a mineradora disse que existem os recursos destinados às medidas reparatórias.

O último orçamento aprovado é de aproximadamente R$ 24,4 bilhões, sendo que dos R$ 19 bilhões destinados aos programas reparatórios de ordem socioeconômica e socioambiental, já foram despendidos mais de R$ 12 bilhões, afirmou a empresa.

Desse valor, aproximadamente R$ 4,4 bilhões foram pagos em indenizações, atendendo a mais de 339 mil pessoas, acrescentou.

O comunicado veio em resposta à reportagem da Reuters publicada na sexta-feira (9), informando que o Ministério Público Federal (MPF) almeja fechar um acordo definitivo com Samarco e suas sócias que permita reparar danos pelo desastre, cujas vítimas e comunidades atingidas há quase seis anos ainda questionam o processo em curso para indenizações.

Na reportagem, o coordenador da força tarefa sobre o rompimento de Mariana, procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, afirmou que o valor global definitivo a ser pago pelas companhias no caso ainda será discutido e evitou fazer qualquer estimativa, mas adiantou que a ação movida pelo MPF em 2016, que pediu 155 bilhões de reais, será utilizada como parâmetro.

A companhia disse que, conforme previsto, as tratativas de repactuação dos programas com as instituições de justiça foram iniciadas em abril de 2021 (com atraso imposto pela pandemia) e produziram, em 22 de junho, uma “carta de princípios”, assinada pela Samarco, Vale, BHP e várias instituições de justiça.

Segundo o comunicado, a carta de princípios visa nortear as negociações e estabelece como objeto da negociação a “definição final do escopo, objeto atual (considerando medidas já desempenhadas e gastos já incorridos), objetivos específicos e marcos de entrega dos programas de reparação” conduzidos pela Fundação Renova, e tem como uma de suas premissas a “desburocratização da governança”.

“A Vale permanece empenhada e comprometida com o processo de mediação no Conselho Nacional de Justiça e espera que a repactuação dos programas produza soluções definitivas, eficientes, céleres e objetivas para sanar as eventuais controvérsias técnicas de difícil solução.”

5- Governo da China manda lojas de aplicativos retirarem apps da Didi

A Didi Global confirmou que o governo chinês mandou lojas de aplicativos removerem 25 apps da companhia e afirmou que a decisão pode impactar sua receita na região.

A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) afirmou na semana passada que iria remover os aplicativos da Didi das lojas de apps diante de uma intensificação da fiscalização do governo sobre a empresa.

A CAC notificou as lojas de aplicativos para retirarem os apps de suas plataformas e exigiu que a companhia cumpra estritamente com regras e legislações…e retifique o problema para garantir a segurança das informações pessoais dos usuários”, afirmou a Didi em um comunicado.

Mais cedo neste mês, poucos dias antes do IPO de US$ 4,4 bilhões da Didi nos Estados Unidos, a CAC abriu uma investigação sobre a empresa e mandou interromper o processo de adesão de novos usuários, citando ameaça à segurança nacional e interesse público.

(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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