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5 fatos para hoje: Bolsonaro reaviva reforma tributária; é a vez da Sputnik V?

Presidente garantiu que não haverá aumento de impostos, mas Economia ainda pensa numa CPMF.

Bolsonaro
17/11/2020 REUTERS/Adriano Machado

1 – União Química demonstra interesse em estudos clínicos de vacina Sputnik V no Brasil, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta quinta-feira que representantes da União Química disseram ter interesse em cumprir todas as etapas regulatórias exigidas para avançar com os estudos clínicos no Brasil da vacina Sputnik V contra a Covid-19.

A agência disse ainda, em nota, que realizou reunião com o laboratório União Química, mas ainda não houve a apresentação de pedido de uso emergencial da vacina russa ou a apresentação de documentos novos para autorização de pesquisa no Brasil.

“Esse tipo de encontro faz parte da estratégia que a Anvisa tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas autorizadas no Brasil”, diz a nota.

“Durante a reunião, os representantes da União Química afirmaram que estão interessados em cumprir todas as etapas revogatórias exigidas pela Anisa para avançar com os estudos clínicos no Brasil.”

Mais cedo a farmacêutica brasileira disse ter começado um teste de produção do ingrediente ativo necessário à produção da vacina russa. Também afirmou que planeja fabricar a própria vacina em abril, o que faria dela a primeira feita inteiramente no Brasil.

2 – Reforma tributária deve sair este ano, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (21) que o governo buscará fazer a reforma tributária “no corrente ano” e negou que o objetivo seja aumentar impostos. Segundo o presidente, se a reforma provocar aumento de tributos é “melhor deixar como está”.

A reforma tributária é uma das apostas do governo para a retomada da economia após a pandemia da covid-19. Bolsonaro disse que hoje as empresas “gastam muito tempo e gastam muito dinheiro” com os cálculos de prestações de contas e, por isso, a ideia do governo é “simplificar” o sistema.

“Vamos, se Deus quiser, fazer a reforma tributária no corrente ano. E o que eu falei com o Paulo Guedes? Eu não sou economista, mas fazer as quatro operações a gente sabe fazer. No final das contas, não podemos ter majoração da carga tributária, senão deixa como está”, disse.

LEIA MAIS: Guedes aposta em vitória de Lira para reapresentar proposta de nova CPMF

Nesta quinta, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato apoiado pelo Planalto na disputa pela presidência do Senado, reconheceu que há discussões sobre a criação de um novo imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas afirmou que somente apoiará a iniciativa se houver medidas compensatórias, como a desoneração da folha salarial.

3 – Ministério da Saúde tira do ar aplicativo que receita medicamentos sem eficácia para tratar Covid-19

O Ministério da Saúde retirou do ar nesta quinta-feira o aplicativo TrateCov, usado para recomendar o tratamento para pacientes da Covid-19 com medicamentos sem efeitos comprovados contra a doença.

O aplicativo, que recebeu críticas contundentes de especialistas e associações médicas, saiu do ar na manhã desta quinta-feira. Procurado, o Ministério da Saúde informou que o sistema, lançado no dia 14, seria um projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente.

O ministério alegou ainda que “o sistema foi invadido e ativado indevidamente”, e essa teria sido a razão de ser retirado do ar, mas acrescentou que a retirada é “momentânea”.

O TrateCov foi lançado em Manaus pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e, de acordo com o ministério, seria indicado para profissionais de saúde. Em nota publicada em sua página, o ministério diz que a plataforma é direcionada a profissionais de saúde para “aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19” e ajudar “o atendimento e resposta adequados para o paciente de acordo com cada caso”.

4 – Atividade empresarial na zona do euro encolhe em janeiro com lockdowns afetando serviços

A atividade econômica na zona do euro encolheu com força em janeiro uma vez que os lockdowns para conter a pandemia de coronavírus afetaram com força o dominante setor de serviços, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Com locais de lazer e hospedagem forçados a permanecer fechados em grande parte do continente, a pesquisa destaca uma forte contração no setor de serviços mas também mostra que a indústria permaneceu forte já que as fábricas ficaram abertas.

O PMI Composto preliminar do IHS Markit caiu mais ainda abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, chegando a 47,5 em janeiro de 49,1 em dezembro. Pesquisa da Reuters apontava queda a 47,6.

5 – Trabalhadores e agroexportadoras da Argentina fecham acordo por bônus

Trabalhadores do setor de oleaginosas e empresas agroexportadoras da Argentina fecharam um acordo nesta quinta-feira para a implementação de um bônus pelo trabalho realizado em 2020, durante a pandemia de coronavírus, cuja negociação havia ocorrido em dezembro, disse o sindicato SOEA, que chegou a ameaçar uma greve caso as partes não se acertassem.

O Sindicato dos Trabalhadores e Empregados de Oleaginosas representa os funcionários das unidades de processamento localizadas ao norte de Rosário, polo agroindustrial e agroportuário da Argentina –que, por sua vez, é a maior fornecedora de óleo e farelo de soja do mundo.

“Fechamos um acordo com as empresas”, disse à “Reuters” o secretário do SOEA, Daniel Succi, após uma reunião com representantes de companhias setor agroexportador argentino. O sindicalista acrescentou que os trabalhadores não realizarão nenhuma medida de força.

Em dezembro, os embarques agrícolas da Argentina foram praticamente paralisados devido a uma série de greves do SOEA e de outro sindicato de trabalhadores do setor de oleaginosas, além da entidade que representa inspetores de grãos nos portos.

Atualmente, proprietários de caminhões também têm realizado protestos nas rotas até os terminais portuários, dificultando o transporte de grãos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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