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5 fatos para hoje: desemprego, telefonia no Brasil e projeto de R$ 5 bi

E mais: Volvo corta parte da produção do país; energia deve ficar mais cara em breve.

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1Taxa de desemprego ficará ainda maior em 2021

A proporção de desempregados poderá alcançar seu maior nível em 2021, com taxa de desocupação média de 14,6%, projeta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Informe Conjuntural divulgado nesta segunda-feira (22), a entidade considerou que, no cenário básico da economia, a recuperação da atividade começará em maio. Os efeitos da retomada no mercado de trabalho, no entanto, devem ser defasados e se iniciar somente no início do segundo semestre.

Nesse cenário, parcela da população que estava fora do mercado de trabalho, seja por desalento, receio da pandemia, ou por ter recebido algum tipo de auxílio governamental, deverá voltar a procurar emprego. “A taxa de desocupação deve crescer e registrar um novo recorde no segundo trimestre”, disse a CNI.

Dentro desse arranjo, o número de pessoas ocupadas será maior ao fim de 2021, na comparação com 2020, avaliou a entidade. No entanto, com as pessoas voltando a procurar emprego, ou seja, com o crescimento da força de trabalho, a taxa de desocupação média de 2021 será de 14,6%, superior aos 13,5% observados na média de 2020, projetou a CNI.

No relatório, a entidade destacou que o emprego começou em alta no início do ano, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Contudo, o aumento de casos de covid e as medidas de isolamento social deverão provocar uma queda na atividade econômica e a interrupção das contratações.

2 – Bolsonaro sanciona projeto apoiado por Michelle que eleva gasto em R$ 5 bi ao ano

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou nesta segunda-feira (22), o projeto de lei que classifica a visão monocular (cegueira de um dos olhos) como deficiência. Ele cogitou vetar a proposta, que foi patrocinada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, após ser alertado sobre um aumento de despesas sem compensação, que pode ser classificado como crime de responsabilidade.

O projeto pode turbinar as despesas públicas em pelo menos R$ 5 bilhões. Apesar do orçamento pressionado por gastos obrigatórios, o Ministério da Economia afirmou não se opor à sanção. A pasta, responsável pela política fiscal do governo, disse que a medida “não envolve renúncia de receita”.

A proposta classifica a visão monocular – cegueira de um dos olhos – como deficiência sensorial, do tipo visual, para todos os efeitos legais. Além de permitir que 400 mil pessoas de baixa renda com visão monocular acessem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência com renda per capita de até um quarto do salário mínimo, a lei pode obrigar o Executivo a conceder isenções tributárias e aposentadorias por invalidez, o que levantou a possibilidade de o presidente vetar o projeto.

3 – Brasil melhora em ranking de preços de telefonia móvel e banda larga

O crescimento do mercado de telecomunicações no Brasil, com maior competição entre as operadoras, ajudou a reduzir o preço médio dos serviços de celular e banda larga fixa nos últimos anos. Por outro lado, o país continua tendo uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que acaba atrasando a ampliação das redes para as regiões mais remotas.

Essas são as principais conclusões de um estudo realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a partir de dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e divulgado nesta segunda-feira (22).

O levantamento mostra que o Brasil melhorou, relativamente, sua posição no ranking da cesta de serviços de telefonia móvel, passando da 83ª posição em 2018 para a 63ª em 2019. O Brasil é o sexto maior mercado de celulares do mundo, com 202 milhões de acessos. O maior é a China, com 1,7 bilhão.

O preço médio de um plano de celular chegou a US$ 22,23 (considerando a paridade do poder de compra, ou PPC, que mostra quanto a moeda é realmente capaz de comprar em cada país). Dez anos antes, um plano de padrão similar custava US$ 67,44.

4 – Volvo corta produção no Brasil 

A Volvo anunciou nesta segunda-feira (22) um corte significativo na produção de caminhões no Brasil pelo restante do mês devido à escassez mundial de semicondutores e também devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país, seguindo assim parcialmente os passos da Volkswagen, que na sexta-feira (19) disse que interromperia toda a produção de automóveis por duas semanas.

Embora a Volkswagen não tenha citado a falta de semicondutores como um fator em sua decisão, a associação de montadoras do Brasil, Anfavea, disse no início de março que todas as fábricas de automóveis estavam sendo afetadas.

Diversas outras montadoras também restringiram a produção no Brasil devido à falta de peças, principalmente semicondutores. A General Motors interrompeu a produção na fábrica de Gravataí (RS), onde fabrica o compacto Onix. A Honda interrompeu a produção do sedã Civic no início de março, enquanto a Fiat dispensou cerca de 10% dos trabalhadores até a semana passada para diminuir a produção.

5 – Aneel avalia elevar custo da bandeira tarifária vermelha na conta de luz

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve abrir nesta terça-feira (23) uma consulta pública para discutir proposta sobre os valores em 2021 das chamadas bandeiras tarifárias, que geram custos adicionais na conta de luz quando a oferta de energia no sistema é menor.

Criadas em 2015, as bandeiras passam a representar a cobrança de um valor extra para os consumidores quando saem do nível verde para o amarelo ou o vermelho, o que ocorre de acordo com as condições de geração de energia no país.

Uma proposta preliminar da área técnica da Aneel aponta para possível aumento de 10% na cobrança adicional associada à bandeira vermelha e de 21% para a bandeira vermelha nível 2, a última prevista pelo mecanismo tarifário, segundo documento visto pela Reuters.

Já a bandeira amarela teria redução de 26%, de acordo com a sugestão dos técnicos, que será levada para apreciação da diretoria da agência na terça-feira. Os diretores discutirão a possível abertura de uma consulta ao público sobre a proposta, segundo a pauta do regulador.

* Com Reuters e Estadão Conteúdo

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