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5 fatos para hoje: governo negocia doses da Pfizer; sem novo programa de renda

Com a vacina da Coronavac avançando pelo estado de São Paulo, governo tenta garantir doses da vacina da Pfizer.

Pfizer
Mulher segura recipiente com adesivo de vacina da Covid-19 e seringa ante logo da Pfizer 30/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic

1 – Governo diz que avançou em negociação com Pfizer por 70 milhões de doses de vacina contra Covid

O governo brasileiro avançou nas tratativas com a Pfizer na intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica em parceria com a BioNTtech contra a Covid-19, e um documento pode ser assinado ainda nesta semana, afirmou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira.

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“O governo brasileiro e a Pfizer avançam nas tratativas na intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTtech contra a Covid-19, a ser fornecido em 2021. Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, disse a pasta em breve comunicado.

Até o momento, no entanto, a principal aposta do governo federal para enfrentar o novo coronavírus era o imunizante da AstraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford, que será produzido nacionalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde.

A decisão de ampliar a possibilidade de vacinas a ser oferecida no enfrentamento ao novo coronavírus também é uma tentativa de fazer frente ao governo de São Paulo, uma vez que o governador paulista, João Doria, tenta emplacar a CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac que no país está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, como integrante do plano nacional de imunização.

Desafeto de Bolsonaro, Doria anunciou nesta segunda-feira o início da vacinação contra Covid-19 no Estado a partir de 25 de janeiro, mesmo sem ter sequer pedido o registro da CoronaVac na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

2 – Novo programa de renda fica fora de PEC

A criação de um novo programa de renda mínima à população mais vulnerável, em substituição ao Bolsa Família, deve ficar de fora da versão final da PEC emergencial, que trata de medidas de contenção de despesas. De olho no fim do auxílio emergencial, marcado a princípio para este mês, lideranças vinham negociando a inclusão dessa proposta na PEC, justamente para dar garantia constitucional à transferência de renda aos mais pobres.

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O relator da PEC emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), lamentou a interlocutores a falta de um consenso para incluir a criação de um novo programa de renda mínima – demanda que era uma bandeira principalmente dos parlamentares das regiões Norte e Nordeste do País. Enquanto isso, como o “Estadão” antecipou, o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) apresentou um projeto para ampliar as transferências de renda e criar metas de redução da pobreza e da extrema pobreza no País.

Não conseguimos chegar a um consenso. Eu acho um equívoco, um erro. Você tem uma conta. Tem 10 milhões de pessoas a mais desempregadas e que não estão no Bolsa Família. Vai fazer o que com essas pessoas?”, questionou Bittar, também vice-líder do governo no Congresso. “Acho um erro, mas não quero culpar ninguém. É da política, é da democracia. Acho que houve exageros, incompreensões.”

3 – Risco de paralisação de fábricas por falta de insumos é alto, diz Anfavea

Diante da falta de peças nas linhas de montagem, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alertou ontem para o ‘risco imediato’ de paralisação de fábricas de veículos. Conforme a direção da associação que representa as montadoras instaladas no País, existe a possibilidade de linhas pararem nesta semana, o que afetaria o desempenho do setor no fim do ano.

“O risco de paralisação é muito alto agora para dezembro, inclusive, talvez, para esta semana”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, que considerou a situação atual como preocupante. “Esse é um risco imediato, não é teórico”, acrescentou o dirigente da associação de fabricantes, citando, em entrevista coletiva, problemas de abastecimento em insumos como aço, borracha, pneus e materiais plásticos.

Moraes, que no mês passado já tinha relatado a ocorrência de pequenas paradas na cadeia de suprimentos, informou que as montadoras seguem dando apoio a seus fornecedores, o que inclui, além de ajuda logística, a compra de matérias-primas que estão em falta e que tiveram aumento de preços.

4 – Japão anuncia US$708 bi em novos estímulos de olho em crescimento pós-Covid

O Japão anunciou um novo pacote de estímulo econômico de US$ 708 bilhões nesta terça-feira para acelerar a recuperação diante da crise causada pelo coronavírus no país, enquanto visa o investimento em novas áreas de crescimento, como inovação verde e digital.

O novo pacote incluirá cerca de 40 trilhões de ienes (US$ 384,54 bilhões) em gastos fiscais diretos e iniciativas destinadas a reduzir as emissões de carbono e impulsionar a adoção de tecnologia digital.

No Japão, a pandemia forçou o governo a colocar sua agenda de reforma fiscal em segundo plano, apesar de manter a maior dívida pública do mundo industrial, que é o dobro do tamanho de sua economia.

5 – PIB da zona do euro sobe 12,5% no 3º tri ante 2º tri e cai 4,3% no ano

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro avançou 12,5% ante o anterior e caiu 4,3% no ano, publicou nesta terça-feira (8), a Eurostat, agência de estatísticas do bloco, na leitura final do indicador.

A leitura preliminar – e esperada por analistas – apontava para alta ligeiramente maior no período, de 12,6% na comparação trimestral, mas queda um pouco mais acentuada no ano, de 4,4%.

A Eurostat ainda revisou para cima ainda dados sobre o PIB do segundo trimestre: de -11,8% para -11,7% na comparação trimestral e de -4,4% para -4,3% na comparação anual.

*Com Estadão Conteúdo e Reuters

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