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5 fatos para hoje: PIB global e disputa por chips

A Intel, uma das maiores fabricantes do produto, admitiu que serão necessários “alguns anos” para a indústria se reequilibrar.

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1- OCDE eleva previsão para crescimento do PIB global em 2021 a 5,8%

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) global crescerá 5,8% em 2021 e 4,4% em 2022, em recuperação que a entidade classifica como “significativa, mas desigual” entre países e setores. Os números representam uma leve melhora em relação às projeções anteriores, de expansão de 5,6% este ano e 4% no próximo.

Enquanto nações desenvolvidas devem completar os seus programas de vacinação contra a covid-19 até o último trimestre deste ano, a maior parte das economias emergentes, com algumas exceções, deve ter de lidar com as restrições provocadas pela pandemia por mais tempo, destaca a OCDE, em seu relatório sobre perspectivas econômicas.

O espaço fiscal “apertado” para mais estímulos em países emergentes também os coloca em desvantagem em relação ao mundo desenvolvido, diz a organização, algo que já pode ser comprovado diante do forte aumento das poupanças nos países do G-7, o que deve impulsionar os gastos com consumo nestas regiões.

Ainda sobre emergentes, a OCDE avalia que países exportadores de commodities serão beneficiados pela alta nos preços, enquanto economias baseadas no turismo enfrentarão uma recuperação mais lenta.

Quanto ao mercado de trabalho, o documento espera uma melhora gradual, com a taxa de desemprego dos países da OCDE recuando 1% no período projetado, ainda acima do nível anterior à pandemia de coronavírus. “Empresas em muitos países têm espaço considerável para atender à demanda aprimorada expandindo as horas trabalhadas por funcionário, em vez do tamanho geral de sua força de trabalho”, comenta a entidade.

A OCDE ainda projeta que o comércio global deve se fortalecer em 2021, apesar da atividade “persistentemente fraca” do setor de serviços. Caso a pandemia siga provocando restrições sanitárias, e por consequência mine a confiança de potenciais viajantes, o comércio de serviços permanecerá “subjugado”, na avaliação da OCDE.

2- Em falta, chips são disputados globalmente

O problema da falta global de semicondutores – que tem parado a indústria automotiva em todo o mundo, incluindo no Brasil, e muitos achavam que poderia ser resolvido até o fim do ano – está longe de ter uma solução. “Ainda não temos visibilidade de quando a produção deve ser normalizada, e nos parece mais provável que a situação se estenda para outras áreas da economia antes que uma solução seja alcançada”, diz um relatório da Kinea Investimentos, gestora de recursos independente que faz parte do grupo Itaú.

Recentemente, até a Intel, uma das maiores fabricantes do produto, admitiu que serão necessários “alguns anos” para a indústria se reequilibrar. “Temos alguns anos até que possamos atender essa demanda crescente”, disse o presidente da empresa, Pat Gelsinger, para o canal de TV americano CBS. Especialistas falam em pelo menos dois anos de escassez.

Com a alta demanda por processadores, que deve continuar subindo com o rápido desenvolvimento tecnológico, e a demora para a construção de novas fábricas, preços de produtos como celulares podem aumentar 15%, segundo a consultoria KPMG (ler mais abaixo). Por outro lado, o problema tem impulsionado o setor no mercado financeiro. As ações da maior produtora de chips do mundo, a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), subiram 130% nos últimos 12 meses.

O gestor de ações globais da Kinea, Ruy Alves, conta que, desde o fim de 2020, tem ampliado os investimentos não só nas produtoras de semicondutores como nas companhias que fornecem equipamentos para elas, dado que novas fábricas serão necessárias nos próximos anos.

3- Reforma tributária: Lira usa metáforas para defender a “reforma do possível”

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou as redes sociais neste domingo, 30, para defender, de forma indireta, o fatiamento da reforma tributária ao citar a “reforma do possível” e dizer que a “ambição que é apenas um biombo para não fazer nada”.

“Todos os que já viveram essa situação sabem que muitas vezes o ‘feijão com arroz’ pode não ser um banquete, mas é a diferença entre o ideal e o possível. Queremos sempre a maior reforma possível. Mas a melhor nem sempre é a maior, sabemos. A melhor será sempre a possível”, disse ele em uma série de publicações no Twitter neste domingo, 30.

Lira tenta avançar com as mudanças no sistema de arrecadação do país por etapas, com projetos de lei e mudanças constitucionais tramitando pela Câmara e pelo Senado. Ele tem se reunido nas últimas semanas com membros do governo e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para definir as próximas etapas.

O fatiamento da reforma, no entanto, é criticado por especialistas. A decisão do Congresso pode abortar a possibilidade de aprovação, ainda este ano, de uma proposta ampla com efeitos duradouros para a melhoria do ambiente de negócios e do crescimento do país, segundo especialistas. Eles veem risco de a reforma se resumir a uma mera unificação do PIS/Cofins, levando a um aumento da carga tributária para os contribuintes brasileiros.

4- Petrobras reafirma política de preços após Bolsonaro falar em ‘previsibilidade’

A Petrobras reafirmou na noite deste sábado (29,) a sua política de preços. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal reforçou que “monitora permanentemente o mercado e, a partir de uma percepção de realinhamento de patamar, seja de câmbio, seja de cotações internacionais de petróleo e derivados, realiza reajustes de preço”.

“Os estudos e monitoramentos elaborados pelas áreas técnicas de comercialização da Petrobras suportam a tomada de decisão e a proposição de reajustes de preço, sendo observado permanentemente o ambiente de negócios e o comportamento dos seus competidores, visando um posicionamento competitivo adequado”, prossegue a companhia no texto.

A reafirmação da política ocorreu um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a estatal estaria realizando estudos para que exista “previsibilidade no aumento” dos combustíveis.

A apoiadores, o chefe do Planalto disse que a medida não significa uma ingerência sobre a empresa. Contudo, em seguida, criticou a atual política de preços da estatal e, ao comentar a demissão do ex-presidente da petroleira Roberto Castello Branco, disse: “eu troquei o comando da Petrobras. No começo foi um escândalo, interfere. É para interferir mesmo, eu não sou o presidente?”.

5- EUA: orçamento de Biden mantém dedução de impostos a empresas de capital fechado

A proposta orçamentária do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentada nesta sexta-feira, 28, mantém uma dedução de 20% no pagamento de impostos por empresas de capital fechado, cláusula adotada em 2017 durante o governo do republicano Donald Trump.

Embora Biden tenha feito campanha para limitar o benefício, a dedução permaneceu intocada nos primeiros US$ 2,4 trilhões em aumentos de impostos líquidos detalhados pelo governo Biden na sexta-feira.

Funcionários do governo não disseram por que não propuseram conter o instrumento neste momento e a Casa Branca não comentou o assunto. Funcionários do Departamento do Tesouro americano disseram que algumas propostas de campanha precisam de mais trabalho e outras podem aparecer em planos futuros.

A dedução “apenas parece não ter qualidades redentoras e, francamente, fiquei um pouco surpreso que o governo Biden não propôs reduzi-la”, disse o membro sênior da Brookings Institution William Gale.

Vice-presidente de relações governamentais da Federação Nacional de Negócios Independentes, Kevin Kuhlman disse que estava se preparando para a remoção da dedução. “Há uma sensibilidade provocada pelos aumentos de impostos diretos sobre pequenas empresas, e acho que essa é uma das razões pelas quais a dedução pode não ter sido incluída”, disse ele.

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(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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