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5 fatos para hoje: restituição do IR, bitcoin e meio ambiente

Há alguns anos, a criptomoeda passou a ser apontado como vilão do meio ambiente.

Representação do bitcoin
REUTERS/Dado Ruvic

1- Receita libera consulta a restituição do Imposto de Renda

A partir das 10h desta segunda-feira (24), o contribuinte que entregou a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física no início do prazo saberá se vai receber dinheiro do Fisco ainda este mês. Nesse horário, a Receita Federal libera a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2021.

Será o maior lote de restituição da história, tanto em valor desembolsado quanto em número de contribuintes. Ao todo, 3.446.038 contribuintes receberão R$ 6 bilhões.  Desse total, R$ 5.548.337.897,41 serão pagos aos contribuintes com prioridade legal, sendo 96.686 idosos acima de 80 anos, 1.966.234 entre 60 e 79 anos, 127.783 contribuintes com alguma deficiência física, mental ou doença e 891.421 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

O restante do lote será destinado a 263.914 contribuintes não prioritários que entregaram declarações de exercícios anteriores até 28 de fevereiro deste ano. 

O dinheiro será pago em 31 de maio. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar no campo “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, “Consultar Restituição”. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS.

A consulta ao site permite a verificação de eventuais pendências que impeçam o pagamento da restituição – como inclusão na malha fina. Caso uma ou mais inconsistências sejam encontradas na declaração, basta enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes.

2- Bitcoin despenca, e ambientalistas agradecem

O bitcoin derreteu. A moeda virtual, que chegou a valer US$ 64 mil em abril, encerrou a semana cotada a US$ 37,3 mil, uma queda de 42% desde seu auge. Se o comportamento do ativo nas últimas semanas decepciona e preocupa investidores e “mineradores”, ambientalistas comemoram.

Há alguns anos, o bitcoin passou a ser apontado como vilão do meio ambiente. A nocividade da moeda ganhou ainda mais os holofotes após o bilionário Elon Musk afirmar que sua montadora de veículos elétricos, a Tesla, não aceitaria mais bitcoin como forma de pagamento devido ao potencial danoso da moeda. No começo do ano, porém, a empresa anunciou ter investido US$ 1,5 bilhão em bitcoin, o que pressionou o preço do ativo para cima.

O dano causado por criptomoedas ao ambiente ocorre porque elas demandam grande volume de energia para existir. Um indicador desenvolvido pela Universidade de Cambridge aponta que o bitcoin consome, por ano, quase o mesmo volume que a Argentina inteira. Segundo outro indicador – o Bitcoin Energy Consumption Index, ou índice de consumo de energia do bitcoin -, o gasto estaria no mesmo patamar do da Holanda.

A produção de bitcoins é feita por computadores que realizam cálculos matemáticos de alta complexidade. Esses computadores estão ligados a uma espécie de rede paralela na web. Tudo isso foi desenvolvido em 2009 por um programador anônimo de computação. Ele estabeleceu em seus códigos computadorizados que, a cada dez minutos, o software do bitcoin lança uma equação matemática diferente na internet. O computador que desvendar primeiro a fórmula é recompensado com um lote de 6,25 bitcoins. Hoje, um lote desses vale US$ 233 mil, ou R$ 1,2 milhão.

Como os “mineradores” são pagos em bitcoin, quanto maior a cotação da moeda, maior a probabilidade de alguém investir em equipamentos que decodificam as equações. “Há um incentivo grande para se adicionar máquinas à rede. Baseado no preço (do bitcoin no início do mês, quando estava cotado a US$ 55 mil), o consumo de energia pode dobrar no próximo ano”, diz Alex de Vries, criador do Bitcoin Energy Consumption Index. Por isso, o alívio entre ambientalistas quando o preço do bitcoin cai.

Uma das maiores preocupações em relação ao impacto ambiental das criptomoedas decorre da concentração de 65% das “minas” na China. Apesar de também contar com hidrelétricas, o país tem o carvão como fonte responsável por 60% do abastecimento. Segundo a Universidade de Cambridge, em todo o mundo as energias renováveis são fonte de apenas 39% dos computadores usados na “mineração”.

A universidade ainda não tem estimativas de quanto gás carbônico emitem todos esses computadores trabalhando 24 horas por dia. Para Alex de Vries, é possível dizer que é o equivalente ao emitido pela Suécia.

Na região da Mongólia Interior – localizada no norte da China e responsável por 8% da “mineração” global -, o governo anunciou em março que a atividade seria proibida porque vinha impossibilitando que metas de redução de carbono fossem alcançadas.

O governo da Mongólia Interior não é o único preocupado com as questões ambientais. Na semana passada, o Banco Central Europeu afirmou que a “pegada de carbono exorbitante do bitcoin e seu uso potencial para fins ilícitos são motivos de preocupação”. O Estado de Nova York estuda um projeto de lei para proibir a “mineração” até que os impactos ao meio ambiente sejam melhor analisados. “Minas” que não cumprirem com metas climáticas devem ser banidas. O setor público, por enquanto, está tomando a dianteira nas discussões sobre o assunto. Ainda que tenham assumido compromissos de preservação ambiental, empresas no mundo todo começam a investir nas criptomoedas.

3- Investimento em startup em 2020 foi de R$ 19,7 bi

O movimento de aquisições de startups por grandes empresas só tem sido possível pelo amadurecimento do chamado “ecossistema” de inovação. De 2011 para cá, o número de startups cresceu numa média de 100% ao ano e alcançou a marca de 13,5 mil empresas, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Esse avanço ocorreu, sobretudo, por causa da enorme liquidez e redução das taxas de juros no mundo.

No ano passado, o setor recebeu R$ 19,7 bilhões em investimentos, segundo dados da Abstartups. Com a queda da Selic, os investidores tiveram de buscar novas formas para remunerar o capital, e os fundos de venture capital – que apostam em startups – se tornaram opção. “De janeiro a abril, já temos investimentos da ordem de 70% do que foi destinado ao setor no ano passado (cerca de US$ 2,3 bilhões)”, diz o presidente da associação, Felipe Matos.

Segundo ele, a pandemia trouxe uma nova realidade para a sociedade e criou oportunidades. A tecnologia ganhou grande presença com as necessidades das empresas para atender a população, o que impulsionou fusões e aquisições e aberturas de capital. “Temos hoje um ecossistema que floresceu com mais investimentos. Não é um sucesso do dia para a noite”, diz Daniel Chalfon, sócio da gestora de venture capital Astella Investimentos.

4- De mala a notebook, aluga-se de tudo

O confinamento imposto pela pandemia ajudou a impulsionar o mercado de aluguel e assinatura que, antes da crise sanitária, começava a conquistar espaço no Brasil. Considerado um tipo de consumo mais consciente, por compartilhar produtos, as locadoras oferecem extensa gama de itens, que vão de tablets a tapetes, quadros, brinquedos, bolsas, óculos, malas e bagageiros a móveis como sofás e camas, além de eletrodomésticos.

A maior parte das locações é feita por startups, de forma online, por prazos de dias, meses e até anos. Elas também são responsáveis pela manutenção e assistência aos produtos. Algumas têm estoque próprio, outras têm a plataforma e os itens são oferecidos por terceiros.

Para especialistas, a “revolução do aluguel”, ou economia compartilhada, tem potencial para contribuir com 30% do PIB de serviços brasileiro a longo prazo. Na avaliação de Marcos Gomes Rabelo, analista de Negócios do Sebrae/SP, o compartilhamento é uma maneira de economizar. “Se não preciso ter algo todos os dias à disposição, por que investir uma grande quantia na compra e manutenção desse bem, se posso alugá-lo só quando precisar?”

Rabelo ressalta ainda que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com fatores ambientais e engajadas com um consumo consciente, que economiza recursos naturais e preserva o meio ambiente. Para ele, “a locação democratiza o acesso a produtos e serviços, ao mesmo tempo que possibilita ganho extra de renda para quem compartilha”.

Após 147 anos no ramo de produção e venda de móveis, a Riccó entrou, há quatro ano, na área de locação corporativa para ambientes de trabalho. O negócio estava a todo vapor quando veio a pandemia. Com o home office, empresas devolveram quase 6 mil conjuntos alugados de mesas e cadeiras.

Paralelamente, a Riccó passou a receber demandas de móveis para o home office do consumidor comum e de empresas alugando para os funcionários. Também chegaram pedidos de sofás, poltronas, mesas, berços e cômodas. O novo nicho levou o grupo a criar, em fevereiro, a Spaceflix, empresa focada na locação ao consumidor final.

Na opinião de Fábio Riccó, diretor geral da empresa, há uma mudança na forma de consumir, principalmente entre os jovens. “O intuito é pagar pelo uso do móvel em vez da posse, pois querem ter liberdade para, quando precisarem mudar, não ter de trocar os móveis ou adaptá-los ao tamanho da nova casa.”

Neste ano, já foram alugados 2,7 mil itens para home office e foram feitos 110 contratos para outros itens como mesas, sofás, quadros de parede e berços. A maior parte dos móveis é produzida na própria fábrica da Riccó.

A Aluga.com atua com equipamentos para informática e dobrou seu faturamento nos últimos 12 meses. Há seis meses, o fundador Ricardo Marcelino precisou adquirir 600 notebooks, ampliando a oferta para 5 mil aparelhos, de um total de 15 mil itens para locação. Antes voltada à locação empresarial, a startup começou a atender também pessoas físicas, grupo hoje responsável por 5% dos aluguéis.

5- Banco Pan e Guiabolso antecipam 2ª fase do Open Banking

O Banco PAN, com foco no crédito e serviços financeiros para as classes CDE, lançou projeto em parceria com o Guiabolso, plataforma de soluções financeiras, que permitirá ao cliente compartilhar com o Pan suas informações em outras instituições para ampliar o acesso ao crédito. O projeto antecipa a segunda fase do Open Banking, que deve passar a valer apenas em julho deste ano.

Com o consentimento do cliente, os dados bancários de suas contas em outras instituições financeiras são avaliadas e, a partir dessa análise, o cliente terá seu pedido de crédito analisado e reavaliado. Caso seja aprovada sua solicitação, o cliente poderá ter acesso a novos produtos ou melhores condições naqueles serviços que já possui com o banco.

“A ideia é testar a receptividade e abordagem com o público. Acreditamos que o projeto vai potencializar ainda mais a nossa capacidade de oferta para quando o compartilhamento de dados estiver 100% no ar”, afirma Luiz Krempel, superintendente de Open Banking do Banco Pan em nota.

Todos os dados compartilhados serão armazenados em ambiente seguro e estarão em conformidade com as exigências da Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD), em um processo inteiramente gratuito para o cliente, diz o banco.

(*Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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