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5 fatos para hoje: sanção da LDO; fintech simplifica empréstimos

Bolsonaro afirmou que “fará a coisa certa” sobre o fundo eleitoral.

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Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 15/01/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

1- Bolsonaro diz que sanciona LDO nesta sexta-feira

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que irá sancionar ou vetar trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 na sexta-feira, e garantiu que fará “a coisa certa” em relação ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Ao aprovar a LDO, o Congresso alterou as regras do financiamento eleitoral, aumentando o montante a ser repassado ao fundo de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5 bilhões.

“Amanhã sai a sanção ou o veto do fundo partidário, tá ok, pessoal?”, disse o presidente na transmissão semanal ao vivo em redes sociais. “Fica tranquilo aí, tá, vamos fazer a coisa certa”, acrescentou.

Em outras ocasiões, o presidente já deu indicações de que deve vetar o fundo partidário, seja parcialmente, se possível, deixando-o em um valor de R$ 3 bilhões, seja integralmente.

2- Mercado Pago simplifica pedidos de empréstimo

O Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, quer ampliar a oferta de crédito e começou a oferecer a possibilidade de os clientes solicitarem empréstimos por meio da plataforma. O negócio começou a operar nos últimos dias e será fundamental para a companhia aumentar a sua carteira de crédito e trazer mais vendedores para o seu ecossistema financeiro. Até agora, a empresa já emprestou mais de R$ 3,2 bilhões para os seus clientes.

Anteriormente, o Mercado Pago apenas concedia empréstimos para aqueles que já tinham algum tipo de crédito pré-aprovado pela empresa. Agora, qualquer cliente pode solicitar crédito. A companhia promete uma resposta ao cliente em até dois dias.

“É uma mudança importante que vai trazer mais gente para as nossas plataformas”, diz Túlio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago.

Essa nova estratégia também vem na hora que o open banking começa a dar os seus primeiros passos. Afinal, desde o fim da semana passada, os consumidores podem compartilhar os seus dados cadastrais e transações entre instituições financeiras.

Isso faz com que outros bancos e instituições financeiras como o Mercado Pago possam analisar mais informações e ter mais noção do risco de emprestar dinheiro para uma determinada pessoa – e competir entre si, o que deve trazer uma redução dos juros no futuro.

Com a entrada em “mar aberto”, o Mercado Livre também deve ver o valor de empréstimos aumentar. Segundo Oliveira, a empresa não tem limitação de crédito e está bem capitalizada para se aventurar mais nesse segmento. Em janeiro deste ano, por exemplo, a companhia captou R$ 1 bilhão por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). “Estamos captando para crescer de maneira consistente, mas com o pé no chão”, diz.

3- Senado aprova projeto que suspende inscrição de dívida de micro e pequenas empresas na pandemia

O Senado aprovou nesta quinta-feira projeto que suspende a inscrição de dívidas de micro e pequenas empresas no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) durante a pandemia de covid-19.

De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e relatada pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), a proposta segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

“A iniciativa visa dar fôlego financeiro ao setor e permitir a continuidade dos negócios“, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Twitter.

4- Ativistas pedem que Apple desista de procurar por imagens de pedofilia

Mais de 90 grupos ativistas pelo mundo publicaram uma carta aberta nesta quinta-feira pedindo que a Apple abandone seus planos de escanear mensagens de crianças em busca de nudez e os telefones de adultos por imagens de pedofilia.

“Embora esses recursos tenham a intenção de proteger crianças e reduzir a disseminação de material pedófilo, estamos preocupados que eles sejam usados para censurar discurso protegido, ameaçar a privacidade e a segurança de pessoas do mundo inteiro, e ter consequências desastrosas para muitas crianças”, escreveram os grupos na carta.

A maior campanha até agora contra uma questão de criptografia de uma única empresa foi organizada pela organização sem fins lucrativos com sede nos EUA, Centro para Democracia e Tecnologia (CDT, na sigla em inglês).

Alguns signatários de outros países estão preocupados com o impacto das mudanças em nações com sistemas legais diferentes, incluindo alguns que já são palco de discussões acaloradas sobre criptografia e privacidade.

“É decepcionante e perturbador que a Apple esteja fazendo isso porque eles foram aliados ferrenhos na defesa da criptografia no passado”, disse Sharon Bradford Franklin, co-diretora do Projeto de Segurança e Vigilância do Centro.

Um porta-voz da Apple afirmou que a empresa abordou questões de privacidade e segurança em um documento, delineando porque a arquitetura complexa do software de escaneamento deveria resistir às tentativas de subvertê-lo.

Os signatários incluem vários grupos no Brasil, onde os tribunais bloquearam múltiplas vezes o WhatsApp, do Facebook, por não descriptografar mensagens em investigações criminais, e o Senado passou uma lei que exigea que as mensagens sejam rastreáveis, o que exigiria uma maneira de marcar o conteúdo. Uma lei similar passou na Índia este ano.

“Nossa principal preocupação é a consequência desse mecanismo, como ele pode ser estendido a outras situações e outras empresas”, afirmou Flávio Wagner, presidente do braço independente do Brasil da Internet Society, um dos grupos signatários, que também incluem índia, México, Alemanha, Argentina, Gana e Tanzânia.

Surpresa pela reação negativa após o anúncio duas semanas atrás, a Apple ofereceu uma série de explicações e documentos para argumentar que o risco de falsas detecções é baixo.

Embora a maioria das objeções seja em relação ao mecanismo de escaneamento, a carta também aponta uma falha na mudança às contas do iMessage, que tentaria identificar e borrar a nudez em mensagens de crianças, permitindo que elas vissem apenas se os pais fossem notificados.

Os signatários afirmam que isso pode colocar em risco crianças que vivem em casas intolerantes ou que estão procurando material educacional. Mais amplamente, dizem que a mudança quebraria a criptografia do iMessage, que a Apple defendeu com firmeza no passado.

“Se essa porta for construída, governos podem obrigar a Apple a estender a notificação para outras contas e detectar imagens que são questionáveis por outros motivos, não por serem sexualmente explícitas”, diz a carta.

5- Crise de semicondutores alimentada pela covid-19 desgasta montadoras

Grandes montadoras como Toyota e Volkswagen deram um desanimador alerta nesta semana ao darem evidências novas de que a indústria automotiva está mergulhada na escassez de chips semicondutores que não dá sinais de que diminuirá.

Após serem forçadas a fechar fábricas ano passado por causa da pandemia, as fabricantes enfrentam forte concorrência da indústria de bens de consumo eletrônicos, em meio a uma cadeia de fornecimento que sofre interrupções.

O problema acontece enquanto casos de Covid-19 crescem em países asiáticos sedes de fábricas de carros e chips, como Japão, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Malásia, o que gera restrições mais rígidas para conter a disseminação do vírus.

A japonesa Toyota, graças a uma política de estocar chips desde o terremoto de 2011 e do desastre nuclear de Fukushima, tinha conseguido evitar que sua produção fosse interrompida.

Mas a maior montadora do mundo em volume de vendas disse nesta quinta-feira que cortará a produção global para setembro em 40% em relação ao plano anterior, o que afeta 14 fábricas no Japão e outros locais, incluindo na América do Norte.

Os automóveis estão cada vez mais dependentes de chips para tudo, do gerenciamento de motores por computador a uma economia mais eficiente de combustível ou recursos de assistência ao motorista, como freios de emergência.

A alemã Volkswagen também disse que não poderia descartar mais mudanças na sua produção. “No momento, esperamos que o fornecimento de chips no terceiro trimestre seja volátil e apertado”, afirmou a montadora à Reuters.

A quarta maior montadora, Stellantis, afirmou que interromperá a produção numa fábrica na França na próxima semana e cortou a produção em outra fábrica no leste do país.

A Ford havia dito no começo da semana a suspensão temporária da fabricação da picape F-150, sua mais vendida, em Kansas City, e a chinesa Geely Automobile alertou que a piora recente na escassez dos chips e o ressurgimento de casos de Covid-19 podem ameaçar suas vendas nos próximos meses.

Embora a Volkswagen diga esperar que a situação melhore até o fim do ano, algumas montadoras alertaram que a crise dos chips se arrastará até 2022. Expectativas anteriores da indústria por uma solução rápida já foram frustradas há muito tempo.

Com várias linhas de produção automotiva norte-americanas paradas ao menos parcialmente, senadores democratas pediram mais ajuda ao governo de Taiwan para tratar da escassez de chips.

Mas mesmo quando um problema na cadeia de fornecimento é sanado, outros aparecem e inviabilizam um fluxo consistente de chips, o que faz com que as fabricantes acabem desviando os componentes disponíveis para os negócios mais lucrativos.

(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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