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Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda, morre aos 56 anos

Ele era CEO da BTG Pactual Asset Management.

Eduardo Guardia, então ministro da Fazenda, gesticula durante entrevista coletiva à imprensa 28/05/2018 REUTERS/Adriano Machado

Morreu nesta segunda-feira (11) o economista e ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia, aos 56 anos. Ele era CEO da BTG Pactual Asset Management. O falecimento foi confirmado pela assessoria do BTG Pactual. A causa da morte não foi divulgada.

À frente da gestora de recursos do BTG Pactual no Brasil há quase três anos, Guardia está no rol dos economistas com extensa experiência dos dois lados do balcão. Na seara privada, além do atual posto de CEO da BTG Asset, atuou ainda como diretor-executivo de Produtos da BM&FBovespa, hoje B3.

No setor público, foi ministro da Fazenda no governo Michel Temer. Antes disso, foi secretário-executivo do mesmo órgão, secretário do Tesouro Nacional na gestão Fernando Henrique Cardoso e secretário de Fazenda de Geraldo Alckmin, no estado de São Paulo.

De perfil técnico, Guardia era doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Durante seu tempo à frente do Ministério da Fazenda, hoje Economia, Guardia era conhecido por ser duro na defesa técnica dos interesses econômicos, sobretudo na relação com o Legislativo.

Repercussão

“O Ministério da Economia recebeu com pesar e tristeza a notícia do falecimento do economista Eduardo Refinetti Guardia”, disse o órgão em nota. “Guardia também foi secretário-executivo da antiga pasta entre 2016 e 2018, e secretário do Tesouro Nacional no início dos anos 2000, entre outros cargos na estrutura do ministério. Durante sua trajetória pública, a atuação de Guardia foi fundamental na construção de soluções importantes para a economia brasileira. O ex-ministro sempre se notabilizou pelo trabalho incansável, a gentileza no trato e o permanente espírito público, inspirando todas as equipes que liderou.”

“O ministro Paulo Guedes relembrou a capacidade de diálogo de Guardia, que contribuiu de forma relevante para a troca de informações institucionais no período de transição de governo. Neste momento de dor, o ministro Guedes e os servidores do ministério da Economia manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Eduardo Guardia”, continuou o texto do governo.

A B3 divulgou a seguinte nota: “Com a morte de Eduardo Guardia, a B3 se despede de um líder que instilou os melhores valores, que foi exemplo e nos ajudou a construir a empresa que somos. Hoje, muitos de nós também perdemos um amigo, um grande amigo. Nosso país se despede de um homem público que trabalhou e acreditou sempre, em diferentes momentos de sua vida, que nosso papel como cidadãos é tomar as decisões que fazem o Brasil melhor. Eduardo Guardia fará falta. Aos seus familiares e amigos, o carinho de todos aqui da B3 e a certeza de que partilhamos de sua imensa perda.”

A diretoria do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) publicou o seguinte: “Lamentamos o falecimento do economista Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda. Guardia serviu ao país, nos diversos cargos que ocupou, de maneira sóbria, técnica e com espírito público. Fica aqui a nossa homenagem aos familiares e amigos do Eduardo.”

Em uma rede social, Adolfo Sachsida, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, disse: “Meus sentimentos a família do ex-ministro Eduardo Guardia. Tive o prazer de encontrar com o ex-ministro uma única vez, logo que assumi a SPE, oportunidade em que pude notar sua gentileza e inteligência afiada. Liderou um dos melhores times econômicos da história. Descanse em paz.”

O ex-ministro Henrique Meirelles disse ao Broadcast, serviço da Agência Estado, que a morte de Guardia “é uma enorme perda para a família, os amigos e para o Brasil. O Eduardo foi não apenas um exemplar homem público mas um ser humano excepcional”. Guardia foi secretário-executivo na gestão de Meirelles no ministério da Fazenda.

Ministro do Planejamento contemporâneo de Guardia, o hoje secretário especial de Tesouro e Orçamento Esteves Colnago afirmou, também ao Broadcast, que o economista era uma pessoa “absolutamente comprometida com o futuro do país e que sabia valorizar e considerar as posições amadurecidas nas discussões no governo”.”Tinha muita admiração por ele”, disse.

Em nota, Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), disse: “Lamentamos profundamente o falecimento do ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. O Brasil perde precocemente um dos seus principais economistas, ainda com muitas contribuições a dar a nossa sociedade. Talentoso, gentil e sempre correto, Guardia deixa um legado importante para o país, entre eles, a defesa da disciplina nos gastos públicos como fator fundamental para o crescimento sustentável. Tivemos o privilégio de conviver com ele ao longo dos últimos anos, um grande homem público e extraordinário ser humano. Perdemos uma pessoa espetacular, que fará muita falta ao país. Aos familiares e a legião de amigos e admiradores, em nome da FEBRABAN expressamos nosso pesar.”

Em uma rede social, o economista Alexandre Schwartsman escreveu: “era um amigo (e vizinho). Cara do bem, um caráter exemplar, competência incrível, um espírito público raro e muita vontade de ajudar. Além disto, um atleta raçudo como poucos. Vai fazer muita falta.”

* Com informações da Agência Estado

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