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Ficou sabendo? Mudanças em Via e Magalu; hacker rouba registros de chineses

Alterações das varejistas devem melhorar a rentabilidade das companhias no médio prazo.

Mudanças a lojistas de Via e Magazine Luiza ajudam margens, mas contêm crescimento, diz Citi

As alterações promovidas por Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) em seus marketplaces devem ajudar a melhorar a rentabilidade das companhias no médio prazo, à medida que reduzem subsídios, mas impactam o crescimento no longo prazo, disseram analistas do Citi nesta segunda-feira.

Em relatório, ele cita aumento de 2 pontos percentuais pelo Magazine Luiza na sua comissão em vendas de lojistas que optam pelo modelo de pagamento antecipado a partir do próximo dia 15, em movimento que não contempla categorias de moda e acessórios.

No caso da Via, destacam a decisão de estabelecer que o pagamento a certos lojistas será feito em parcelas quando as respectivas compras pelos clientes forem parceladas e que oferecerá antecipação de pagamento (para quatro dias após a compra) para os lojistas que optarem pela opção ‘fulfillment’ – quando a Via opera todo o processo, da venda à entrega.

As informações publicadas pelo Citi constavam em reportagem do Valor Econômico de sexta-feira. Procurados pela Reuters, o Magazine Luiza confirmou as mudanças na sua plataforma para vendas por lojistas terceiros, enquanto a Via não comentou imediatamente o assunto.

“Enquanto nós não esperamos uma mudança material nas margens consolidadas gerais, as alterações devem gradualmente ajudar na melhora de rentabilidade no médio prazo”, escreveram analistas incluindo João Pedro Soares, em relatório.

“No longo-prazo, no entanto, essas mudanças devem limitar o crescimento do marketplace para Via e Magazine Luiza, já que outras empresas devem aproveitar essa oportunidade para oferecer termos mais competitivos aos lojistas”, disseram.

Por volta de 14h50, as ações do Magazine Luiza caíam 3,2% e os papéis de Via cediam 2,7%, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tinha acréscimo de 0,2%. No setor, Americanas recuava 1%.

Os analistas acrescentaram que os movimentos de Via e Magazine Luiza são consistentes com as recentes estratégias das companhias de preservar rentabilidade nos marketplaces. “Ambas as empresas citaram o ambiente macroeconômico volátil e o aumento das taxas de juros como razões por trás das mudanças.”

No caso da Via, o time do Citi observou ainda que a empresa continua oferecendo pagamentos antecipados por meio da Getnet, controlada do banco espanhol Santander.

Hacker alega ter roubado 1 bilhão de registros de cidadãos chineses da polícia

Um hacker alegou ter obtido uma coleção de informações pessoais da polícia de Xangai sobre 1 bilhão de chineses, o que especialistas em tecnologia dizem que, se for verdade, será uma das maiores violações de dados da história.

O hacker anônimo, identificado como “ChinaDan”, publicou no fórum de hackers Breach Forums na semana passada oferta de mais de 23 terabytes de dados por 10 bitcoins, o equivalente a cerca de US$ 200 mil.

“Em 2022, o banco de dados da Polícia Nacional de Xangai (SHGA) vazou. Esse banco de dados contém muitos terabytes de dados e informações sobre bilhões de cidadãos chineses”, disse o hacker na publicação.

“Os bancos de dados contêm informações sobre 1 bilhão de residentes nacionais chineses e vários bilhões de registros, incluindo: nome, endereço, local de nascimento, número de identidade nacional, número de celular, todos os detalhes criminais”.

A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade do conteúdo. O governo de Xangai e o departamento de polícia não responderam aos pedidos de comentários na segunda-feira.

Zhao Changpeng, presidente-executivo da Binance, disse na segunda-feira que a corretora de criptomoedas intensificou os processos de verificação de usuários depois que a inteligência de ameaças da plataforma detectou a venda de registros pertencentes a 1 bilhão de residentes de um país asiático na dark web.

Ele disse no Twitter (TWTR34) que um vazamento poderia ter acontecido devido a “um bug em uma implantação do Elastic Search por uma agência (do governo)”, sem dizer se estava se referindo ao caso da polícia de Xangai. Ele não respondeu imediatamente a um pedido de mais comentários.

A alegação de vazamento de dados ocorre em um momento em que a China prometeu melhorar a proteção da privacidade de dados de usuários online, instruindo empresas de tecnologia a garantirem um armazenamento mais seguro após reclamações públicas sobre má gestão e uso indevido.

Eletrobras e ISA Cteep avaliam medidas contra cautelar da Aneel que reduz indenização

A Eletrobras (ELET3, ELET6) e a ISA Cteep disseram nesta segunda-feira (4) que estão avaliando ações para reverter uma medida cautelar que pode impactar o cálculo de indenizações de mais de R$ 30 bilhões devidas a concessionárias de transmissão de energia elétrica.

A medida cautelar pode reduzir o saldo devedor das indenizações em cerca de R$ 2,4 bilhões, segundo cálculos de uma nota técnica, após o diretor da agência reguladora Aneel Efrain Cruz decidir monocraticamente atender ao pleito de uma associação para suspender a eficácia de uma resolução de 2017 da agência.

A resolução definia critérios e valores para pagamentos de indenizações às transmissoras pela renovação antecipada de seus contratos em 2013. Esses valores são custeados por consumidores, por meio de cobranças embutidas nas tarifas da conta de luz.

Na decisão da semana passada, Cruz determinou um recálculo de parte da dívida por causa de um suposto erro da Aneel em atualizações financeiras dos montantes, com “excesso indevido de capitalização de juros sobre o fluxo de caixa da parcela financeira”.

Essas indenizações às transmissoras de energia são conhecidas no setor por “Rede Básica Sistema Existente”, ou RBSE. Os valores são pagos a um grupo de nove concessionárias, controladas principalmente pela Eletrobras e ISA Cteep.

O imbróglio sobre esse assunto se estende há vários anos, com idas e vindas, e foi alvo de ações na Justiça.

Em 2017, a Aneel reconheceu que essas indenizações deveriam compor a base de remuneração de algumas transmissoras, mas houve ainda uma discussão sobre o cálculo do componente financeiro da RBSE.

Em abril de 2021, a Aneel deu fim a essa discussão sobre a remuneração do componente financeiro, mas ao mesmo tempo reprogramou os pagamentos às transmissoras devido à pressão tarifária vivida no momento. Houve uma redução da curva de pagamentos para os ciclos de 2021 e 2022 e um aumento no fluxo após 2023, o que vem se refletindo nos resultados trimestrais contábeis das transmissoras.

No entanto, o tema voltou à tona neste ano, após a divulgação, em junho, de uma nota técnica da Aneel que recomendava uma mudança no tratamento do componente financeiro da RBSE. Com a alteração, calculava-se que o saldo devedor total cairia de R$ 33,92 bilhões para R$ 31,52 bilhões, com data-base de julho de 2020.

Em comunicado nesta segunda-feira, a ISA Cteep disse que, por meio de seus assessores legais, “está atuando para garantir o exercício do contraditório e ampla defesa de seus direitos”.

Já a Eletrobras observou que a matéria ainda deve ter seu mérito analisado e deliberado pela diretoria da Aneel, e disse que está “acompanhando e atuando em relação à questão”.

Em nota a clientes, o Credit Suisse afirmou que qualquer alteração nesses recebíveis afeta o Ebtida e o valor potencial das transmissoras.

“Acreditamos que uma decisão unilateral não pode ser sustentada e não é uma representação das melhores práticas regulatórias e, como resultado, não acreditamos que a decisão do Sr. Efrain será implementada sem ampla discussão e audição de todas as partes envolvidas (regulador, equipe técnica e empresas)”, escreveram os analistas do banco Carolina Carneiro e Rafael Nagano.

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