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Economia

Ingresso do Rock in Rio teve aumento abaixo da inflação; veja comparativo

Fenômeno também vem sendo observado em outros países, segundo diretor da TicketSwap Brasil.

Da última edição do Rock in Rio para cá, o custo dos ingressos sofreu uma alta de 19%, de R$ 525 (ou R$ 262,5 da meia entrada), no evento de 2019, para R$ 625 (ou R$ 312,5 da meia entrada), no evento de 2022. No entanto, o avanço de preço ainda é menor do que seria o valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que indica que a alta deveria ser de 23,86%, para R$ 650,26

O festival começa nesta sexta-feira (2) e vai até o próximo domingo (11), com mais de 250 shows e 670 artistas, além de atrações como tirolesa, montanha russa e roda gigante.

Andre Ladvocat Cintra, country manager da TicketSwap Brasil, plataforma de compra e venda de ingressos, explica que o preço de entrada em festivais depende de vários fatores, como os custos para contratações de artistas e outras despesas operacionais.

Sobre o aumento do preço dos ingressos abaixo da inflação, “estamos vendo essa tendência em alguns dos 36 países onde a TicketSwap opera”, comenta Cintra, que justifica que, após a pandemia de covid-19, os festivais passaram a ter que garantir a segurança e o custo-benefício dos interessados, para que só assim pudessem convencê-los a participar dos eventos. 

Vale lembrar que o indicador de inflação mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. Portanto, não se trata só da prestação de serviços relacionados ao entretenimento. Mas, ainda assim, o IPCA é o principal índice de preço do país. 

O country manager da TicketSwap Brasil também lembra que os artistas internacionais geralmente cobram cachê em dólar, portanto, a alta do preço da moeda estrangeira sobre o real influencia nos custos de produção do evento no território brasileiro. 

Por outro lado, para ele, “mesmo com a alta significativa do dólar nos últimos anos, o Rock in Rio ainda conseguiu garantir um preço justo para os fãs que irão para a edição de 2022. E a prova disso é que o evento esgotou em poucos minutos.”

Rock in Rio deve movimentar R$ 1,7 bilhão

Rock in Rio/ Foto de divulgação

Em entrevista ao “Valor Econômico”, Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio e filha do fundador da marca, Roberto Medina, mencionou que o evento deve movimentar R$ 1,7 bilhão na economia do Rio de Janeiro.

Segundo a vice-presidente do evento, o setor de serviços no estado será fortemente impulsionado, principalmente na área do turismo, que foi prejudicada nos últimos anos devido às restrições sociais impostas nos períodos de auge da pandemia de covid-19.

Programação do Rock in Rio 2022

Entre as atrações principais, estão Iron Maiden, Justin Bieber, Post Malone, Dua Lipa e Coldplay. Confira a programação completa:

História do Rock in Rio 

O festival de música Rock in Rio foi criado pelo empresário brasileiro Roberto Medina, tendo sua primeira edição em 1985. De lá para cá, já ocorreram 21 edições, que não foram só no Brasil, mas também em Portugal, Espanha e nos Estados Unidos. 

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