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Mercados hoje: fim do ‘shutdown’ traz alívio, mas investidores aguardam dados da economia dos EUA que ficaram represados

Fim do shutdown nos EUA anima, mas os investidores agora passam a olhar a inflação dos EUA

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Bom dia!
A quinta-feira, 13 de novembro, começa com um misto de alívio e ansiedade: o governo dos EUA finalmente saiu do “shutdown(paralisação parcial) mais longo da história, mas como a fila das expectativas anda, os investidores esperam agora a divulgacão de dados que foram adiados como o “payroll”, o relatório do mercado de trabalho de setembro. Os futuros das bolsas de Nova York caminham em compasso de espera. Aqui, o mercado pausou o recente rali do Ibovespa e passa a olhar para os balanços do dia. Na quarta-feira, depois do fechamento dos mercados, o Banco do Brasil trouxe dados do 3º tri abaixo do esperado, o que pode jogar água no chope da bolsa. Vamos aos pontos.

Enquanto você dormia…

  • Futuros americanos andam de lado, com o mercado passando a olhar para a divulgação de dados represados. Às 7h20, os futuros das bolsas de Nova York têm o S&P 500 recuando cerca de -0,2% e Nasdaq 100 em queda de -0,3%
  • Na Europa, o clima ainda é de fim do shutdown: o Stoxx 600 sobe +0,3%, renovando máxima histórica, embalado pelo acordo que reabriu o governo americano
  • Na Ásia, o Nikkei de Tóquio fechou em alta de 0,43%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, terminou a sessão com subida de 0,56%.
  • O índice dólar (DXY) gira em torno de 99,27 pontos, em leve queda de -0,20%; o petróleo Brent ronda US$ 62,5 o barril, com variação próxima de -0,1%.

Destaques do dia

  • Na madrugada desta quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou o projeto aprovado pela Câmara e Senado americanos que encerra o shutdown mais longo da história do país. O acordo assegura a reabertura do governo federal até 30 de janeiro e garante pagamento retroativo aos servidores. O fim da paralisação já se reflete em ouro mais firme e alguma recuperação de inclinação ao risco global.
  • E o que isso importa? O alívio ajuda, mas os preços já incorporaram essa expectativa na segunda-feira e na terça-feira. Agora o bom humor dos investidores depende dos dados de emprego e inflação que ficaram paralisados. Isso porque esses números ajudam a balizar as apostas para os próximos passos do Fed, o banco central dos EUA, principalmente na manutenção das apostas em mais cortes de juros.

Giro pelo mundo

  • Pós-shutdown: o próximo gatilho é ver quanto tempo leva para normalizar a divulgação de dados oficiais nos EUA.

Giro pelo Brasil

  • BC em cena: o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fala em dois eventos em Brasília (10h30 e 14h30), mercado procura qualquer nuance sobre o momento do corte de juros. Na terça-feira, o presidente do BC buscou esvaziar as expectativas sobre um possível corte da Selic em janeiro, alimentadas pela visão mais suave do mercado sobre a ata do Copom. Um reforço da sinalização de que a redução de juros não é tão iminente pode mexer com a curva longa.
  • Tebet e o fiscal: a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reiterou a meta de superávit de 0,25% do PIB para o próximo ano e ventilou aumento de tributos sobre apostas online para reforçar a arrecadação.

Giro corporativo

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  • Lucro do BB encolhe: Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no 3º trimestre, queda de 60% ano a ano, com ROE recuando de 21,1% para 8,4% e inadimplência acima de 90 dias em 4,2%.
  • Oncoclínicas desalavancando: a Oncoclínicas informou que já atingiu R$ 1 bilhão em aumento de capital, podendo chegar a R$ 1,3 bilhão, com cerca de 90% do montante vindo de conversão de dívidas em ações; o processo vai até sexta-feira (14) e é crucial para evitar quebra de covenant de alavancagem.

Agenda do dia

  • 09h00 – Brasil: Vendas no varejo (setembro) – IBGE. Importante para medir o ritmo do consumo e o fôlego do PIB no fim do ano. Consenso: +0,2% m/na leitura mensal; e +2,0% na leitura anual.
  • 10h00 – Brasil: Produção e vendas de veículos (outubro) – Anfavea. Termômetro de crédito, emprego industrial e confiança do consumidor; impacto direto em montadoras e cadeia de autopeças.
  • 10h30 – EUA: CPI de outubro (índice cheio e núcleo). Agenda do escritório de estatísticas dos EUA manteve a data de divulgação, mas devido ao shutdown, pode ser postergada. Dado-chave para o Fed. Pode mexer com Treasuries, dólar e bolsas globais. Consenso: +0,3% na comparação mensal; +3,0% na leitura anual; +0,2% avanço mensal do núcleo de inflação.
  • 14h00 – EUA: Estoques de petróleo bruto. Os preços dos barris de WTI e Brent podem reagir caso os estoques mostrem uma quantidade acima da esperada, o que reforça o quaro de excesso de oferta. Consenso: +1,0 milhão de barris.
  • 23h00 – China: Produção industrial, vendas no varejo e desemprego (outubro). Indicam a força da retomada chinesa e podem mexer em minério, aço e papéis ligados a commodities metálicas no Brasil.
  • Balanços no Brasil após o fechamento: Nubank, Cemig, CPFL, Localiza, Light e JBS
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