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5 fatos para hoje: presidente da Petrobras; Conselho da Vale; petróleo da Rússia

Governo brasileiro indicou o ex-executivo da Petrobras Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, para presidir o conselho de administração da estatal.

5 fatos para hoje: presidente da Petrobras; Conselho da Vale; petróleo da Rússia

1 – Governo aponta Landim, presidente do Flamengo, para comandar conselho da Petrobras

O governo brasileiro indicou o ex-executivo da Petrobras (PETR3, PETR4) Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, para presidir o conselho de administração da estatal, informou a empresa em um comunicado na noite de sábado.

Antes, o presidente do conselho da Petrobras, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, havia dito à Reuters que planejava deixar o cargo.

A Reuters havia também reportado na véspera que Landim era visto como seu possível sucessor, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

“A presidência do conselho de administração da Petrobras é um trabalho de 24 horas e quero passar mais tempo com minha família”, disse Ferreira, acrescentando que tem dois filhos adultos morando fora do Brasil.

Ferreira vai ficar até o final do seu mandato. Uma assembleia de acionistas para renovar o conselho foi agendada para o dia 13 de abril.

O anúncio da mudança no conselho ocorre no momento em que a Petrobras enfrenta pressão de investidores para aumentar os preços dos combustíveis, já que o petróleo se aproxima de 120 dólares por barril.

A empresa controla os preços da gasolina e do diesel no Brasil com mais de 80% da capacidade de refino do país.

Rodolfo Landim fez carreira na Petrobras antes de criar sua própria petroleira, a Ouro Preto, e vendê-la.

Ele trabalhou na estatal por 26 anos e ocupou diversas funções gerenciais na área de Exploração & Produção. Entre 2000 e 2003, Landim foi presidente da Gaspetro, responsável pelas participações societárias da Petrobras nas companhias de transporte e distribuição de gás natural.

Entre 2003 e 2006, foi presidente da Petrobras Distribuidora, que foi privatizada e mudou de nome para Vibra.

Segundo indicação do Ministério de Minas e Energia à Petrobras, o acionista controlador apontou ainda os seguintes nomes para o conselho: Carlos Eduardo Lessa Brandão; Joaquim Silva e Luna; Luiz Henrique Caroli; Márcio Andrade Weber; Murilo Marroquim de Souza; Ruy Flaks Schneider; e Sonia Julia Sulzbeck.

Luna, Weber, Souza, Schneider e Sulzbeck já integram o conselho atual, composto por outros três conselheiros representantes de acionistas minoritários e um dos empregados.

Brandão, conselheiro de administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), e Caroli, almirante de Esquadra da Marinha, aparecem como novos nomes.

Momento delicado

Os novos conselheiros deverão assumir o posto em momento delicado para a companhia, que sofre pressões para não repassar a alta do petróleo, ao mesmo tempo em que busca seguir sua política de paridade entre os preços dos combustíveis domésticos e os mercados internacionais.

Um crescente coro de políticos afirma que a Petrobras deveria ajudar a arcar com esses custos do petróleo mais alto.

Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Petrobras sabe da sua responsabilidade e o que pode fazer para que os preços dos combustíveis no Brasil não disparem apesar da alta internacional do petróleo devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os comentários de Bolsonaro vieram depois que a Petrobras quebrou no mês passado seu recorde histórico de lucro anual e de pagamentos de dividendos em 2021, graças à alta do petróleo.

Na quarta-feira, o presidente-executivo Joaquim Silva e Luna disse à Reuters que a Petrobras ainda não havia tomado uma decisão sobre os reajustes dos preços dos combustíveis.

2 – EUA e europeus discutem proibição de importações de petróleo russo

Os Estados Unidos e parceiros europeus estão avaliando banir as importações de petróleo da Rússia, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, neste domingo, antes de enfatizar a importância do fornecimento estável de petróleo globalmente.

“Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, ao mesmo tempo, mantemos um fornecimento global estável de petróleo”, disse Blinken em entrevista à NBC.

Blinken, que está em uma viagem pela Europa para coordenar com aliados a invasão russa da Ucrânia, acrescentou que discutiu as importações de petróleo com o presidente Joe Biden e seu gabinete no sábado.

Os comentários de Blinken ocorrem em meio a uma disparada dos preços do petróleo e, depois que os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia.

Questionado se os Estados Unidos descartaram a proibição unilateral das importações de petróleo russo, Blinken disse: “não vou descartar a ação de uma forma ou de outra, independentemente do que eles façam, mas em tudo o que fazemos, a abordagem começa com a coordenação com aliados e parceiros.”

3 – Preço do petróleo deve subir ainda mais com atraso em negociações iranianas

Os preços do petróleo devem subir ainda mais nesta semana devido a atrasos na conclusão das negociações nucleares com o Irã e o potencial retorno do petróleo iraniano aos mercados globais, que já sofrem com interrupções no fornecimento russo, afirmaram analistas.

A Rússia aumentou a demanda por garantias escritas dos Estados Unidos de que as sanções a Moscou por sua invasão da Ucrânia não prejudicariam a cooperação russa com o Irã. A China também levantou novas demandas, segundo fontes.

Na semana passada, o Brent de referência subiu 21% ao fechar a US$ 118,11 o barril e o petróleo dos EUA subiu 26%, fechando em 115,68 dólares.

“O Irã era o único fator de baixa real que pairava sobre o mercado, mas se agora o acordo iraniano atrasar, poderemos chegar ao fundo dos tanques muito mais rápido, especialmente se os barris russos permanecerem fora do mercado por muito tempo”, disse Amrita Sen, cofundadora da think-tank Energy Aspects.

Sen disse que o Brent pode subir para US$ 125 por barril na segunda-feira, aproximando-se rapidamente de uma alta histórica de US$ 147, vista pela última vez em 2008.

Analistas do JP Morgan disseram nesta semana que o petróleo pode subir para US$ 185 por barril este ano.

4 – Putin diz à Ucrânia para parar de lutar em meio a novos pedidos de cessar-fogo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (06) que sua campanha na Ucrânia está indo de acordo com o planejado e não terminará até que Kiev pare de lutar, enquanto os esforços para evacuar a cidade fortemente bombardeada de Mariupol falharam pelo segundo dia consecutivo.

O presidente russo fez os comentários em um telefonema com o presidente turco Tayyip Erdogan, que pediu um cessar-fogo no conflito que, segundo a ONU, criou a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A mídia russa disse que Putin também manteve quase duas horas de conversas no domingo com o presidente francês Emmanuel Macron, mas, como em outros esforços internacionais, ele ainda não convenceu Moscou a cancelar a campanha, agora no 11º dia.

As autoridades de Mariupol disseram no domingo que fariam uma segunda tentativa de evacuar alguns dos 400.000 moradores, depois que a cidade costeira ucraniana sofreu dias de bombardeios que deixaram pessoas sem aquecimento, energia e água.

Mas o plano de cessar-fogo fracassou, como aconteceu no sábado, com cada lado culpando o outro pelo fracasso.

Kiev renovou seu apelo ao Ocidente para endurecer as sanções além dos esforços existentes que atingiram a economia da Rússia. Também solicitou mais armas, incluindo um pedido de aviões fabricados na Rússia, para ajudar a repelir as forças russas.

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que Washington está considerando como poderia abastecer aeronaves para a Polônia, se Varsóvia decidisse fornecer seus aviões de guerra para a Ucrânia, falando em uma viagem à vizinha Moldávia.

‘Nos destruindo’

Moscou chama a campanha lançada em 24 de fevereiro de “operação militar especial”, dizendo que não tem planos de ocupar a Ucrânia, que já foi parte da União Soviética sob o domínio de Moscou, mas que agora se voltou para o Ocidente em busca de adesão à Otan e à União Europeia.

“Eles estão nos destruindo”, disse o prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, à Reuters em uma videochamada, descrevendo a situação da cidade de 400 mil habitantes. “Eles nem nos dão a oportunidade de contar os feridos e mortos porque o bombardeio não para.”

A Rússia, que nega atacar áreas civis, enviou tropas e equipamentos para a Ucrânia. Um enorme comboio russo em uma estrada ao norte de Kiev fez progressos limitados nos últimos dias, embora o Ministério da Defesa da Rússia tenha divulgado imagens no domingo mostrando alguns veículos militares rastreados em movimento.

Na capital, soldados ucranianos reforçaram as defesas cavando trincheiras, bloqueando estradas e fazendo contato com unidades de defesa civil enquanto as forças russas bombardeavam áreas próximas.

“As posições estão preparadas, nós as equipamos e estamos simplesmente esperando para encontrá-las aqui”, disse um soldado em um vídeo divulgado pelas Forças Armadas da Ucrânia. “A vitória será nossa.”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que foguetes russos destruíram o aeroporto civil da capital da região centro-oeste de Vinnytsia no domingo. Ele também disse que a Rússia estava se preparando para bombardear outra cidade do sul, Odessa.

“Foguetes contra Odessa? Isso será um crime de guerra”, disse ele.

A Organização Mundial da Saúde disse que houve vários ataques a instalações de saúde ucranianas durante o conflito. Os ataques causaram mortes e feridos, disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma mensagem no Twitter, mas não deu detalhes.

“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, disse ele.

5 – Comitê de nomeação da Vale indica manutenção no atual Conselho de Administração

A mineradora Vale (VALE3) divulgou na noite de sexta-feira (4) a lista de candidatos ao seu conselho de administração, que passará por nova eleição após a renúncia do ex-presidente da Previ, José Maurício Pereira Coelho. Por ter sido eleito por meio de voto múltiplo, todo o conselho precisará passar por eleição formal para complementação de mandato.

Os nomes indicados pelo Comitê de Nomeação, instalado em janeiro, são os mesmos que integram hoje o conselho de administração. Para o lugar de Coelho, que renunciou, foi indicado o atual presidente da Previ, Daniel Stieler. Stieler já vem atuando no conselho por meio de nomeação feita pelo colegiado.

O conselho de administração da Vale tem, ao todo, 13 integrantes, sendo um deles eleito pelos empregados e que não precisará ser reeleito em abril próximo. A lista do comitê traz, assim, 12 nomes. Além de Stieler, são eles: José Luciano Duarte Penido (membro independente), Fernando Jorge Buso Gomes, Eduardo de Oliveira Rodrigues Filho, Ken Yasuhara, Marcelo Gasparino da Silva (membro independente), Mauro Gentile Rodrigues da Cunha (membro independente), Murilo Cesar Lemos dos Santos Passos (membro independente), Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira (membro independente), Rachel de Oliveira Maia (membro independente), Roberto Castello Branco (membro independente) e Roger Allan Downey (membro independente).

De acordo com o comunicado, apesar de ter indicado a continuação do atual colegiado, o comitê de nomeação sugeriu para a eleição a ser realizada em 2023 um “reforço de competências” menos presentes no colegiado atual, relativas a “inovação de negócios, inteligência digital e novas tecnologias, comercial e trading”.

*Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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