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Rentabilidade: o que é, como funciona, conceito e tipos

Aliado dos investidores, o retorno financeiro é uma das características mais consideradas ao escolher um investimento.

Pilhas de moeda representando a rentabilidade

No mundo dos investimentos, a rentabilidade é um dos aspectos mais analisados quando se fala em fazer aplicação do dinheiro. Afinal, quem deseja investir, muitas vezes, procura, de acordo com o seu planejamento financeiro, os melhores investimentos por meio de bons rendimentos, desejando que valor aplicado tragam retornos.

Apesar de ser uma aliada dos investidores,  conseguir alcançá-la e mantê-la crescente é muito importante, além de desafiadora para o investidor. Por isso, você conhece o conceito de rentabilidade? Sabe como ela pode proporcionar sucesso nos seus investimentos, colaborando para que melhores oportunidades sejam encontradas no mercado?

Pensando nisso, o InvestNews preparou um guia. Confira:

O que é rentabilidade

A rentabilidade é uma das características mais consideradas no momento de um investimento. É ela que apontará  quanto a pessoa vai ganhar. Ou seja, trata-se da taxa de retorno que uma certa aplicação vai pagar a partir de  um investimento que se fez.  

Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, explica que a rentabilidade se caracteriza a partir do momento que se tem retorno financeiro, algo a mais do que foi aplicado. Sendo assim, um resultado maior que o que investido inicialmente. Pasianotto ainda acrescenta que ela permite verificar se um negócio/investimento é viável ou não.

Para ficar mais clara a compreensão, entenda por um exemplo: uma rentabilidade de 10% ao ano significa que, depois deste período com o dinheiro investido, este será o retorno sobre o investimento inicial. Assim, caso o investimento inicial tenha sido de R$ 1.000, o retorno bruto será de R$ 100, o equivalente a 10% de R$ 1.000.

Diferenças entre lucro e rentabilidade

Cálculo de rentabilidade
Cálculo de rentabilidade

Ao falar de rentabilidade, muitas vezes, ela pode ser confundida com a lucratividade, porém, existem diferenças.

Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos, explica que a lucratividade é um indicador de desempenho. Segundo ele, trata-se do lucro líquido comparado à receita total que se obteve em um período, e não com um investimento feito. “Não é o quanto investiu e retornou, mas é o quanto você está ganhando, tendo de lucro em relação à receita”, explica.

Dessa forma, a lucratividade é o vínculo entre lucro líquido e receita total, diferentemente da rentabilidade, que faz a relação do rendimento obtido ao valor que foi investido, ou seja, é o retorno sobre o investimento.

Para melhor entender, vamos a um exemplo prático: suponha que tenha sido aplicado R$ 100 e, depois de um certo período, foi possível resgatar R$ 200, mas foi preciso pagar R$ 10 de tarifas. Assim, a rentabilidade foi de 100%, porém, a lucratividade foi de R$ 90.

Uma outra diferença é que a lucratividade depende de determinadas variantes, como, por exemplo, do custo de um produto, concorrência, escolha de preços etc, que acabam impactando diretamente na receita, no caso de uma empresa, por exemplo. Por outro lado, a rentabilidade é dependente da capacidade geração de retorno a partir do que foi investido.

Tipos de rentabilidade

São dois os tipos de rentabilidade para medir o retorno de um investimento: a nominal e a real. Para saber, por exemplo, se a rentabilidade do Tesouro Direto, a rentabilidade da poupança ou a rentabilidade de fundos estão com boas performances, e até mesmo os retornos ao investir em ações, é muito importante conhecer os tipos existentes, para não cair em armadilhas ao fazer investimentos considerando apenas os números e não o significado de cada uma delas. Confira:

  • Nominal: é o valor bruto do rendimento de um investimento em um determinado período de tempo. É simplesmente a rentabilidade final ignorando descontos como custo de depreciação, inflação, impostos, taxas etc. Ou seja, ela nada mais é do que o rendimento total de um investimento. O cálculo dela é o mais simples, por meio da divisão entre o montante ao final do investimento e o capital inicialmente investido. Ela é também chamada de bruta.
  • Real: é quanto uma aplicação rendeu depois de descontada a variação da inflação. Ela traz um comparativo do rendimento de determinada aplicação com a inflação. Assim, ela permite ter a ideia do poder de compra, de quanto o crescimento do seu patrimônio está aliado à manutenção do seu poder de compra. Desta forma, na hora de fazer investimentos, é importante considera-la nas suas tomadas de decisões, podendo verificar se o desempenho de um investimento pode ser satisfatório ou não. Afinal, a depender da taxa de inflação, a rentabilidade real de um investimento pode ser negativa. Se, por exemplo, um investimento render exatamente o valor da inflação, significa que foi possível manter o poder de compra, ou seja, se compra atualmente a mesma coisa, e na mesma quantidade, que se comprava antes de aplicá-lo. Se ele render menos do que a inflação, você perdeu poder de compra. Para verificar se uma aplicação teve ou não um retorno acima da inflação, é necessário escolher um índice de inflação para referência, geralmente o IPCA. A partir dele, é possível constatar se a performance do investimento foi superior ou inferior.

O que significa rentabilidade mensal?

A rentabilidade mensal nada mais é do que considerar o período de um mês para realizar o cálculo do retorno obtido, ou oferecido, para este período de tempo.

Vale lembrar, no entanto, que ela não é considerada somente mensal e pode ser calculada nos mais variados intervalos de tempo, como diária, mensal, anual, por ciclos, horas ou determinados períodos específicos. Ou seja, é a pessoa quem faz a escolha, baseada no momento específico que deseja avaliar, não existindo uma periodicidade especifica.

Veja também:

  • ROA: como analisar e calcular esse indicador?

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