O BNB, token nativo da blockchain da Binance – a maior exchange do mundo – alcançou o posto de terceira maior criptomoeda em valor de mercado na terça-feira (7), desbancando o XRP (XRP) e ficando à frente até do USDT, a maior stablecoin global.
O BNB agora soma US$ 182 bilhões em capitalização, ante US$ 174 bilhões do XRP e US$ 177 bilhões do USDT. Para efeito de comparação, o bitcoin (BTC) segue na liderança com US$ 2,4 trilhões, enquanto o Ethereum (ETH) ocupa a segunda posição, com US$ 546 bilhões.
A valorização da cripto reflete em boa medida o crescimento das finanças descentralizadas (DeFi), como os empréstimos descentralizados e outras operações baseadas em contratos inteligentes. O avanço atual é atribuído a uma combinação de fatores – a começar pelo aumento do valor total bloqueado em sua rede (TVL, na sigla em inglês), um indicador de quanto dinheiro está alocado em projetos DeFi, em sua blockchain, a BNB Chain. Hoje, está na casa dos US$ 9,22 bilhões, segundo dados do site DefiLlama.
A BNB Chain também recuperou sua posição como a mais utilizada em número de endereços ativos diários, superando solana e ethereum, segundo dados da própria corretora levantados em plataformas de dados.
O movimento também coincide com o crescimento das operações de trading e empréstimos em protocolos baseados na rede da Binance, como o Aster Protocol, além da entrada de novos usuários atraídos por campanhas promocionais.
Na tarde desta quarta-feira (8), o BNB é negociado a US$ 1.308, com alta de 1,50% no dia e valorização de 30% na semana. Ontem, a cripto registrou sua máxima histórica, de US$ 1.331, segundo dados da plataforma CoinMarketCap.
O BNB foi lançado em meados de 2017, por meio de uma Initial Coin Offering (ICO) – uma oferta inicial de criptomoedas semelhante a um IPO. Na época, chamava-se Binance Coin, e sua função era permitir que os usuários pagassem taxas e recebessem descontos nas operações dentro da exchange.
Com o tempo, o token evoluiu e passou a integrar a BNB Chain. Hoje, é utilizado para processar transações, executar aplicativos descentralizados – aqueles apps que ficam em blockchains – e dar suporte a projetos de finanças descentralizadas (DeFi), termo que se refere aos produtos financeiros que rodam no sistema das criptomoedas.