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Mercados hoje: cenário político e IPCA-15 concentram a atenção de investidores no Brasil

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Bom dia!
O clima desta quarta-feira, 26 de novembro, amanheceu lá fora em modo véspera de feriado de Ação de Graças nos EUA, que ocorre na quinta-feira (27). Os futuros das bolsas de Nova York sinalizam um pregão mais ameno após os mercados digerirem os sinais de um Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mais suave. Aqui no Brasil, o noticiário político volta aos holofotes com o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro e a aprovação de pautas-bombas para o orçamento público no Congresso. Vamos aos destaques?

Enquanto você dormia…

  • Os futuros das bolsas de Nova York sobem como reflexo do otimismo sobre a chance cada vez maior de corte de juros nos EUA nas próximas semanas. Às 7h20, S&P 500 futuro tinha alta de +0,37% e o Nasdaq futuro avançava +0,48%.
  • Na Europa os mercados avançam moderadamente, também impulsionados pela expectativa sobre um Fed mais inclinado à redução de taxas. O índice Stoxx 600, que abrange vários mercados na Europa, subia +0,38% por volta de 7h20.
  • Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice Nikkei, da bolsas japonesa, terminou a sessão com subida de 1,85%. O Hang Seng, de Hong Kong, foi mais modesto e encerrou o pregão com avanço de 0,13%.
  • O índice dólar (DXY) já está em clima de feriado com queda de -0,01% aos 99,81 pontos. O petróleo Brent amanhece em queda de -0,31% a US$ 61,60 o barril. A Treasury de 10 anos, referiencia do mercado de juros nos EUA, negociava em queda a 4,008%.

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Destaques do dia

  • Senado dispara “pauta-bomba” com impacto bilionário sobre orçamento nas próximas décadas. A casa legislativa aprovou na terça-feira (25) o projeto que regulamenta a aposentadoria especial de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE), garantindo integralidade (salário cheio) e paridade (reajustes iguais aos da ativa). A aprovação foi por 57 votos a zero, com duas abstenções.
  • O custo estimado? Algo na casa de R$ 40 bilhões em dez anos só para a União — e para os municípios, o risco é maior: a Confederação Nacional de Municípios (CNM) calcula um impacto de até R$ 103 bilhões, por conta do aumento do déficit nos regimes próprios de previdência.
  • E como isso afeta os mercados? O aperto nas contas públicas pode aumentar o estresse sobre os juros e sobre investimentos do governo, que terá de compensar o gasto com medidas com contenção de despesas ou aumento de arrecadação. O estresse fiscal pode pesar no humor do câmbio e nas curvas de juros.


Giro pelo mundo

  • Corte de juros nos EUA no radar: A expectativa por um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed em dezembro segue crescendo; dados econômicos dos EUA nos próximos dias serão cruciais para confirmar o preço.
  • Com menor percepção de ameaça geopolítica recente, investidores voltam a buscar ativos mais arriscados — o que beneficia mercados emergentes.

Giro pelo Brasil

  • Pauta-bomba aprovada: A aposentadoria especial para ACS/ACE avança e deve pressionar o orçamento público nos próximos anos.
  • Hoje é dia de IPCA-15. O índice divulgado pelo IBGE funciona como uma prévia da inflação para o mês de novembro e pode mexer com os ponteiros das expectativas sobre o início do ciclo de cortes da Selic.
  • Nesta quarta-feira (26), o presidente Luis Inácio Lula da Silva deve sancionar a lei aprovada no Congresso de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil válida a partir de 2026. A nova legislação prevê como compensação a tributação de dividendos e outras rendas no limite de 10% para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês.
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Giro corporativo

  • Reestruturação no varejo: O grupo Casas Bahia convocou debenturistas para assembleia em dezembro — a ideia é aprovar aumento de capital e alongamento da dívida, em uma tentativa de reduzir a alavancagem.

Agenda do dia

Ótima quarta-feira e bons negócios!

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