Enquanto você dormia…
- Humor global segue ainda na modo cautela e já se preparando para o feriado nos EUA na quinta-feira (27). Às 7h30, os futuros das bolsas de Nova York seguiam em queda leve: o S&P 500 recuava -0,2% e o Nasdaq tinha baixa de -0,3%.
- Na Europa, o Stoxx 600 opera perto da estabilidade, com uma levíssima alta de 0,014%.
- Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,07%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,69%, com aposta em corte de juros nos EUA no fim do ano.
- O índice dólar (DXY) se mantém em queda leve de -0,13%, perto de 100 pontos. O petróleo Brent cai -0,29% cotado a US$ 62,54 o barril. A Treasury de 10 anos recuou para 4,0%, após sinais de corte de juros pela frente nos EUA.
CONTEÚDO DE MARCA: Tudo o que você precisa saber antes de investir em um CDB
Destaques do dia
- A sensação de que o Fed está perto de cortar os juros mais uma vez continua a influenciar os humores dos investidores globalmente.
- O mercado já elevou para 80% a probabilidade de um corte de 0,25 ponto pelo Fed em dezembro, após sinais de dirigentes do banco central americano. O movimento derrubou os yields dos Treasuries e voltou a impulsionar as ações de tecnologia, com Alphabet se aproximando de US$ 4 trilhões em valor de mercado.
- Por aqui, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou que a autoridade ainda está insatisfeita com a inflação e com a “velocidade” da convergência de expectativas. Isso justifica manter a Selic em 15% ao ano em terreno restritivo por mais tempo. Corte de juros? Ficou para 2026.
- E como isso impacta? O investidor local vê um Fed que tende a aliviar condições financeiras enquanto o BC brasileiro sinaliza juros altos por mais tempo. Curva de juros, câmbio e ativos sensíveis a juros seguem oscilando conforme o mercado tenta equilibrar essas duas forças.
Giro pelo mundo
- Tech gigante: Alphabet, controladora do Google, encostou em US$ 3,8 trilhões em valor de mercado, quase no “clube dos US$ 4 tri”, puxada por rali de tecnologia e aposta em IA.
- Ouro brilhando: ouro acima de US$ 4,1 mil por onça com apostas mais firmes em corte de juros do Fed.
Giro pelo Brasil
- Correios pesa no fiscal: Diretor-executivo da Fazenda, Dario Durigan, diz que a situação dos Correios é “muito ruim”, pressionando o relatório bimestral e exigindo plano de reestruturação que pode elevar o impacto fiscal em 2026.
- Galípolo endurece o tom: o presidente do BC reforça que a inflação ainda não converge como desejado pela autoridade e que a Selic deve seguir restritiva. Fala praticamente tira do radar um eventual início de corte de juros em dezembro. A pesquisa Focus manteve projeção de Selic em 15% para 2025.
- Fiscal com receita forte: arrecadação de outubro subiu 0,9% real para R$ 261,9 bi, recorde para o mês. Dados ajudam a alivar um pouco a tensão na curva de juros futuros.
Giro corporativo
- Neoenergia em destaque: A ação ordinária da companhia saltou cerca de 7% após proposta de fechamento de capital.
- Vale x Petrobras: a ação ON da Vale acumula quase 30% no ano com alta do minério; já o papel PN da petroleira tenta consolidar recuperação em novembro apesar da volatilidade do petróleo.
Agenda do dia
- 08:30: Transações correntes e investimento direto no Brasil – BC – dados do setor externo do Brasil
- 09:00: Palestra do diretor do BC, Nilton David — possíveis sinais sobre juros e liquidez.
- 10:00: Audiência do presidente do BC, Gabriel Galípolo, no Senado — tom sobre inflação e Selic será monitorado de perto.
- 10:00: CPI do Crime Organizado no Senado — ruído político de pano de fundo.
- 10:30: EUA — PPI de setembro — referência para inflação na “porta da fábrica”.
- 10:30: EUA — Vendas no varejo de setembro — termômetro do consumo.
- 12:00: EUA — Confiança do consumidor (Conference Board) — indica o humor das famílias.
Ótima terça-feira e bons negócios!
