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Mercados hoje: investidores reavaliam a ‘febre da IA’ e esperam mais sinais sobre cortes de juros

Os futuros de Nova York mostram mercados na visão de copo meio cheio em clima de fim de ano

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Bom dia!
A terça-feira, 2 de dezembro, começa com mercados lá fora tentando entender quais as chances de o rali de tecnologia seguir adiante. O clima é mais de esperar para ver. Por aqui, o Ibovespa teve um leve ajuste na segunda-feira, após bater recordes seguidos, e segue na busca pelos 160 ml pontos. O principal indicador da bolsa brasileira já acumula alta de 53% em dólar no ano. Mas vamos ao que interessa?

Enquanto você dormia…

  • Os índices futuros das bolsas de Nova York se mantêm levemente no positivo nesta manhã de terça-feira (2). Às 7h30, o S&P 500 futuro subia +0,11%, já o Nasdaq avançava +0,20%.
  • Na Europa, o Stoxx 600 segue perto da estabilidade, com oscilação em torno de -0,1% nesta manhã.
  • Na Ásia, a maioria das bolsas se recompôs após a onda de vendas da segunda-feira. O índice Nikkei, de Tóquio, fechou com alta de +0,01%. O Hang Seng, de Hong Kong, terminou com avanço de +0,24%.
  • O índice dólar (DXY) segue com alta de +0,08% a 99,48 pontos.O petróleo Brent cai -0,25% para US$ 63,01 o barril. O juro da Treasury de 10 anos nos EUA ronda 4,1% ao ano.


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Destaques do dia

  • Os temores com a febre da IA mantêm os mercados em compasso de espera nesta terça-feira. Com uma semana repleta de dados nos EUA, alguns represados no período de fechamento parcial do governo americano, os investidores aguardam por mais sinais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tende mesmo a cortar os juros em mais 0,25 ponto percentual na próxima semana. A ferramenta FedWatch mostra que quase 90% do mercado enxergam uma redução.
  • No Brasil, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou na segunda-feira que a Selic deve ficar em terreno “bastante” restritivo por um período prolongado — e que esse relógio não zera a cada reunião. Em paralelo, reajustes a servidores somando R$ 4,2 bilhões para 2026 ajudam a manter o debate sobre desequilíbrio fiscal vivo.
  • E como isso impacta os negócios? O rumo dos juros tanto nos EUA quanto no Brasil parece ter se tornado a força dominante na mente dos investidores neste fim de ano. Mesmo diante de preocupações sobre uma bolha de IA, o mercado tem se comportado como um felino atrás do novelo de lã do Fed: qualquer sinal de manutenção dos corte já alimenta o bom humor.

Giro pelo mundo

  • Agenda de dados nos EUA tem semana quente: ao longo da semana vêm PCE (inflação preferida do Fed), relatório de empregos da ADP e confiança do consumidor preliminar de dezembro nos EUA, todos servindo de “último teste” antes da decisão de juros da próxima semana.

Giro pelo Brasil

  • Indústria em teste: às 9h sai a produção industrial de outubro, com consenso de alta de 0,4% na margem e 0,2% na comparação anual; dado entra direto no radar da política monetária e do câmbio.
  • Fintechs e bets na mira do governo: em Brasília, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso discute a lei orçamentária (LDO) de 2026, enquanto avança projeto que aumenta a tributação sobre fintechs e casas de apostas.
  • Ibovespa estrela global: o índice sobe 32% em reais no ano, enquanto o dólar cai 14%; para o estrangeiro, isso dá uma alta de 53% em dólar, colocando a B3 entre as 20 bolsas que mais subiram em 2025.

Giro corporativo

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  • Cerveja premium turbinada: a Ambev inaugurou novas linhas na fábrica de Uberlândia (MG) após investir R$ 1,3 bilhão, dobrando a capacidade de produção de rótulos premium e “core plus” como Stella, Corona, Spaten, Original e Budweiser — a planta agora conta com cinco linhas de envase e abastece nove Estados.
  • Copasa à beira da privatizaçnaoa: na Assembleia de Minas Gerais, o projeto de lei que autoriza a privatização da Copasa (CSMG3) pode ser votado em 1º turno nesta terça, com sessões às 9h, 14h e 18h — tema sensível para saneamento, investimentos e risco político no papel.

Agenda do dia

  • 09h00: Produção industrial de outubro — IBGE. Termômetro do ritmo da economia real no início do quarto trimestre.
  • 10h00: Vale Day 2025 — encontro anual de investidores da Vale, em Londres, com foco em estratégia, produção e política de dividendos.
  • 12h00: Discurso de Michelle Bowman (Fed) — comentários sobre inflação e juros podem calibrar expectativas para a decisão da próxima semana.
  • 14h00: Palestra de diretor do BC, Gilneu Vivan, sobre funding da construção em evento da CBIC — pistas sobre crédito imobiliário e condições de financiamento.


Ótima terça-feira e bons negócios!

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