Enquanto você dormia…
- Lá fora, o tom é de recuperação cautelosa depois de uma semana de correção em ações e cripto. As apostas em corte de juros pelo Fed em dezembro voltam ao centro da conversa e ajudam a sustentar o apetite por risco. Às 7h30, os futuros das bolsas de Nova York seguiam em alta: S&P 500 avançava +0,31% e o Nasdaq subia +0,45%.
- A Europa também seguia o otimismo no pré-mercado americano: o STOXX 600 sobe cerca de 0,6%, apoiados por bancos e tech.
- Na Ásia, o dia foi esvaziado pelo feriado no Japão, mas o foco segue na fraqueza do iene e no risco de intervenção. O Hang Seng, de Hong Kong, fechou em alta de 1,97%
- O índice dólar (DXY) recua ligeiramente para 100 pontos. O petróleo Brent cai 0,57% a US$ 61,59 o barril. A Treasury de 10 anos segue perto de 4,1% ao ano.
Destaques do dia
- Depois de o Ibovespa cair 0,39% na sexta e engatar a primeira perda semanal desde o começo de outubro, a B3 entra na semana tentando se reencontrar num ambiente de liquidez menor, com feriado de Ação de Graças encurtando a agenda em Wall Street no fim da semana.
- Lá fora, falas recentes de dirigentes do Fed reforçaram a ideia de que um corte de fim de ano é possível, o que ajuda a aliviar juros longos e dá algum fôlego a ações globais.
- Aqui no Brasil, o mercado monitora o julgamento pela Primeira Turma do STF da decisão que decretou a prisão preventiva do ex-presidenter Bolsonaro, em meio ao debate sobre risco de fuga e descumprimento de medidas.
- E como isso impacta os mercados? Lá fora, o pano de fundo de juros possivelmente mais baixos colabora com a tese de arriscar mais em ativos, como ações de emergentes. Por aqui, a política volta ao radar do mercado, podendo influenciar como estrangeiros e locais precificam o cenário eleitoral de 2026.
Giro pelo mundo
- Fed em modo “ainda temos espaço”: após declarações de dirigentes do Fed reforçando a possibilidade para reduzir juros no curto prazo, as apostas em afrouxamento em dezembro ganharam tração e ajudam no humor de hoje.
- Europa respira: após uma semana difícil para ações, especialmente de defesa, as bolsas europeias sobem cerca de 0,6%, apoiadas por bancos, pela expectativa de corte de juros pelo Fed, enquanto seguem as discussões de paz entre EUA, Ucrânia e Rússia.
Giro pelo Brasil
- Prisão de Bolsonaro no radar: a Primeira Turma do STF analisa a manutenção da medida — e analistas avaliam que o episódio pode reconfigurar cálculos políticos para as eleições de 2026 e a coesão do campo bolsonarista, algo que tende a entrar no modelo de risco de investidores.
- O presidente do BC, Gabriel Galípolo, fala em evento da Febraban. Mercado busca sinais para projeções de inflação e rumos dos juros.
- COP30 em Belém: o acordo fechado no fim de semana aumenta o financiamento climático a países pobres, mas evita mencionar explicitamente combustíveis fósseis. O tema segue no radar de investidores de infraestrutura e energia no Brasil, que tentam medir possíveis fluxos de capital verde até 2035.
Giro corporativo
- Grupo Mateus sob pressão: ações da rede de varejo caíram cerca de 20% em cinco pregões após a empresa apontar um erro de R$ 1,1 bilhão na avaliação de estoques, com ajuste que reduziu patrimônio líquido e aumentou a desconfiança do mercado em relação aos números.
Agenda do dia
- 8h00: Inflação pelo IPC-S e sondagem do consumidor (FGV) — termômetro da inflação corrente e do humor das famílias.
- 8h25: Relatório Focus (BC) — mercado acompanha possíveis ajustes nas projeções de IPCA, PIB e Selic feitas por agentes do mercado após a recente volatilidade nos juros.
- 10h00: Sondagem industrial (CNI) — sinal de atividade e emprego no setor, relevante para o PIB do 4º trimestre.
- 10h30: Arrecadação federal (outubro) — dado importante para medir o esforço fiscal e a capacidade de cumprir metas de resultado primário.
- 12h00: Discurso do presidente do BC, Gabriel Galípolo, em evento da Febraban — mercado escuta de perto qualquer nuance sobre a visão da autoridade monetária para inflação, câmbio e trajetória da Selic.
Ótima segunda-feira e bons negócios!
