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Mercados hoje: PIB do 3º trimestre e leilão do pré-sal movem os negócios

Os dados de crescimento da economia brasileira vão concentrar as atenções

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Bom dia!
A quinta-feira, 4 de dezembro, é dia de PIB do terceiro trimestre. O IBGE divulga o dado logo mais às 9h. Os números podem reforçar a visão de que a Selic a 15% ao ano está fazendo seu trabalho de esfriar a economia para combater as pressões inflacionárias. E o que isso significa? Mais otimismo no mercado de que os cortes de juros se aproximam. Em Nova York, os futuros das bolsas andam de lado e a causa também é a expectativa para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que pode cortar os juros nos EUA em mais 0,25 ponto percentual na quarta-feira que vem (10). E só para lembrar, o Ibovespa marcou novo recorde na quarta-feira (3) perto dos 162 mil pontos, embalado por dividendos e pelas apostas de mais um corte de juros pelo Fed na próxima semana. Vamos aos detalhes.

Enquanto você dormia…

  • Os mercados lá fora ensaiam mais um dia morno, com investidores só ajustando posição à espera de dados dos EUA. Às 7h30, os futuros das bolsas de Nova York tinham leve queda. O S&P 500 futuro recuava –0,01% e o Nasdaq tinha queda de –0,10%.
  • Na Europa, o Stoxx 600 sobe +0,3%, com autos e tech puxando o índice.
  • A Ásia fechou majoritariamente em alta, com o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, disparando mais de +2% e o Hang Seng, de Hong Kong, subindo perto de +0,6%. As altas vieram na esteira do otimismo com cortes de juros nos EUA.
  • O índice dólar (DXY) segue estável aos 98,88 ponto em meio ao mercado “comprando” o cenário de juros menores. O petróleo Brent sobe +0,38% a US$ 62,91 o barril. A alta moderada ocorre após novos ataques à infraestrutura de petróleo russa pela Ucrânia.


Destaques do dia

  • O IBGE divulga às 9h o PIB do 3º trimestre. O consenso de mercado projeta alta de 0,2% na comparação trimestral e 1,7% na base anual. Analistas estão de olho em qualquer dado que possa ajudar a entender o quebra-cabeças do início do ciclo de cortes da Selic. Uma desaceleração da economia seria um sinal importante para consolidar a visão de que as reduções de juros estão perto.
  • O Congresso se prepara para votar a LDO de 2026, abrindo caminho para a discussão final do Orçamento.
  • E como isso impacta os negócios? Um PIB mais fraco reforça a tese de Selic caindo já em janeiro, o que costuma favorecer ações sensíveis a juros (bancos, varejo, construção) e aliviar a curva de juros DI. Um número mais forte tende a empurrar apostas para março e pode tirar um pouco de gás da euforia recente da bolsa, com impacto também no câmbio e em papéis mais ligados à economia doméstica.

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Giro pelo mundo

  • Fed na mira: Mercados futuros nos EUA operam perto da estabilidade, com apostas de 89% em corte de juros na reunião da semana que vem, após dado fraco de emprego privado da ADP mostrar corte de 32 mil vagas em novembro.
  • Serviços nos EUA: PMI de serviços do ISM ficou em 52,6 em novembro, praticamente estável, reforçando a leitura de economia ainda resiliente, mas perdendo fôlego.
  • Novos ataques a infraestrutura de petróleo russa e com negociações de paz travadas na guerra entre Rússia e Ucrânia mantêm o prêmio de risco no barril do petróleo em alta.

Giro pelo Brasil

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  • Ibovespa nos recordes: Ontem, o índice renovou máxima histórica ao fechar em 161.755 pontos, colado nos 162 mil, embalado por Vale, Petrobras e o rali global de risco.
  • LDO em votação: O Congresso se reúne para votar exclusivamente a LDO de 2026, etapa obrigatória para avançar no Orçamento e no desenho final da política fiscal do próximo ano.
  • A B3 sedia hoje às 9h o leilão de áreas não contratadas do pré-sal, com Petrobras no centro das atenções. O leilão envolverá áreas não contratadas dos campos de Mero, Tupi e Atapu, campos operados pela Petrobras que contam com a participação de multinacionais como Shell, Total, Galp, CNODC e CNOOC.
  • Fluxo cambial: Novembro teve fluxo cambial total negativo de mais de US$ 7 bilhões, puxado pela via financeira, lembrando que a melhora de humor na Bolsa convive com saídas líquidas de recursos.

Giro corporativo

  • TikTok gigante em Pecém: A ByteDance vai investir mais de R$ 200 bilhões em um mega data center no Porto do Pecém (CE), maior projeto da empresa fora da China, com 300 MW de capacidade e energia 100% eólica dedicada ao complexo
  • Tech e infraestrutura: O projeto do TikTok reforça o Brasil como hub de dados e IA na América Latina, apoiado em energia renovável, rede de cabos submarinos e incentivos tributários recentes a data centers.

Agenda do dia

  • 08:00 – IVar (aluguel residencial) — FGV. Ajuda a ler o comportamento dos aluguéis e a dinâmica de inflação de serviços.
  • 09:00 – PIB do 3º tri — IBGE. Dado-chave para calibrar ritmo de atividade e apostas de início do ciclo de cortes da Selic; consenso: alta trimestral de +0,2% e avanço anual de +1,7%.
  • 09:00 – Leilão de áreas do pré-sal — B3/ANP. Pode mexer com Petrobras e outras petroleiras, dependendo de apetite e prêmios pagos
  • 10:00 – Produção de veículos de novembro — Anfavea. Termômetro importante para indústria, emprego e demanda por crédito.
  • 10:30 – Pedidos semanais de auxílio-desemprego — EUA. Mercado espera 220 mil pedidos; surpresa para cima ou para baixo mexe nas apostas de corte de juros do Fed.
  • 15:00 – Balança comercial de novembro — MDIC. Mostra o fôlego do setor externo no fim de 2025 e ajuda a projetar câmbio e fluxo para o próximo ano.


Ótuima quinta-feira e bons negócios!

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