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Mercados hoje: receio com ações de tecnologia e política monetária dos EUA pesam nos negócios

Índices futuros americanos apontam para uma abertura de mercado negativa para os ativos.

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Bom dia!
O mercado global acordou um pouco receoso nesta sexta-feira (14), com a sombra de juros mais altos e reavaliação de preço das ações de tecnologia rondando os mercados americanos. Os investidores começam o dia com preocupação em relação aos dois temas, e os índices futuros lá fora apontam para um começo de negócios com mau humor. Vem comigo para entender o que isso pode significar.

Enquanto Você Dormia…

  • Os futuros nos EUA apontavam para abertura em queda. Os futuros do S&P 500 recuam 0,64% e o Nasdaq tem queda de 1%. Na Europa e Ásia, as bolsas seguem o mesmo ritmo, puxadas por temores com o mercado de tecnologia nos EUA e de olho no movimento dos rendimentos de títulos americanos, com o receio de que não haverá novos cortes de juros no país.

Destaques do dia

  • A forte correção das ações de tecnologia e a leitura de que juros americanos não serão cortados podem continuar se alastrando pelos negócios. Na quinta-feira, o Nasdaq Composite caiu cerca de 2,3% e o S&P 500 caiu cerca de 1,7%, puxados justamente pelas big techs.
  • E daí? Para o Brasil, significa que o apetite por risco dos investidores estrangeiros pode se retrair, fazendo o mercado brasileiro sofrer uma correção após recordes sucessivos do Ibovespa nas últimas semanas. Sem corte de juro nos EUA, o investidor tem menos motivo para sair em busca de maior retorno em mercados considerados mais arriscados, como o Brasil. O câmbio e os juros domésticos também podem reagir ao cenário, com alta do dólar e dos vencimentos mais longos nos contratos de juros futuros.

Giro pelo mundo

  • Juros nos EUA: As expectativas de corte de juros do Fed em dezembro caíram para cerca de 52%, reduzindo o otimismo de “juros baixos por mais tempo”.
  • Ações de tecnologia: Empresas como Nvidia Corporation e outras ligadas a IA enfrentam forte correção, o que ajuda a puxar os índices para baixo.
  • O shutdown nos EUA, que é a paralisação do governo americano, terminou, mas ainda prejudica a divulgação de indicadores econômicos: estão previstos dados da confiança ao produtor americano e vendas no varejo, mas sem horário.

Giro corporativo

  • JBS (B3: JBSS32; NY: JBS): No terceiro trimestre, as vendas líquidas globais foram US$ 22,6 bilhões, mas o lucro líquido caiu para US$ 581 milhões (ante US$ 693 milhões no ano anterior) por pressão nas margens.
  • Localiza (RENT3): No terceiro trimestre, alcançou lucro líquido ajustado de R$ 871 milhões (alta de 7,3% no ano contra ano), receita líquida de R$ 10,7 bilhões (alta de 10,8% em base anual) e EBITDA ajustado de R$ 3,54 bilhões (alta de 6,8% frente um ano antes).
  • BHP é condenada pelo Tribunal Superior de Londres pelo rompimento de uma barragem de Fundão em Mariana, em 2015.

Agenda do dia

  • 09h00: Brasil: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua Mensal) – IBGE de setembro de 2025. Importante para medir o ritmo do desemprego, ocupação e salários dos brasileiros.
  • 12:00: Jeffrey Schmid, presidente do Fed de Kansas City, fala em evento nos EUA. Pode dar pistas sobre a visão para o futuro dos juros do banco central americano.
  • 16h30: Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, fala em evento. Importante também para capturar a visão do BC americano para os juros.
  • 17h00: Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, também discursa em evento. Mais uma vez, investidores vão tentar extrair alguma pista sobre o futuro do juro básico nos EUA.
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