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Mercados hoje: saiba o que esperar da “super quarta”, com decisões do Copom e do Fed

Investidores vão buscar qualquer pista sobre os rumos dos juros nos EUA e no Brasil

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Bom dia!
É dia de “super quarta”. Nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga às 15h a decisão de política monetária. O consenso do mercado aponta amplamente para um corte de 0,25 ponto percentual. Até aí, tudo bem. A grande pergunta é: como será em 2026? Os sinais sobre a continuidade do ciclo de redução de juros e quantos cortes podem ter pela frente vão ditar o humor dos investidores neste fim de ano.

Ou seja, o Natal dos mercados está nas mãos – ou no comunicado – do BC dos EUA. Nesse meio tempo, a ansiedade está no ar.

Por aqui, o nosso banco central também decide o rumo dos juros hoje. Quase todos esperam a manutenção da Selic em 15% ao ano. Mas o comunicado será olhado no microscópio em busca de qualquer sinal sobre quando o BC pode começar a cortar. A manhã trouxe uma boa notícia para os juros: o IPCA de novembro veio abaixo do esperado, com alta de +0,18%. No acumulado de 12 meses, o indicador alcança 4,46%, dentro do intervalo de tolerância da meta do BC.

Enquanto você dormia…

  • Os futuros das bolsas de Nova York mostram o mercado em modo de espera: às 7h10, o S&P 500 futuro subia +0,11%, enquanto o Nasdaq futuro tinha avanço de +0,09%.
  • Na Europa, o Stoxx 600 apresenta leve queda de -0,11%.
  • Na Ásia, a cautela também predominou. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, terminou em queda de -0,10%. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu +0,42%, refletindo expectativa sobre os próximos passos do Fed e dados econômicos nos EUA e China.
  • O índice dólar (DXY) apresente recuo de -0,08% aos 99,16 pontos, sob expectativa de corte de juros nos EUA. O petróleo Brent sobe +0,29% a US$ 62,12 o barril. O juro da Treasury de 10 anos tem leva alta para 4,18% ao ano.

Destaques do dia

  • O mercado monitora com atenção a decisão de juros do Fed — há consenso de corte de 0,25 ponto percentual.
  • Se vier conforme o esperado, isso pode dar fôlego aos mercados globais e aliviar parte da pressão sobre ativos de risco — inclusive para emergentes como o Brasil.
  • O combo nesta quarta-feira será completo: relatório de “dot plot”, que reúne as projeções dos integrantes do BC americano para o rumo dos juros e permite observar quais as visões majoritárias sobre futuros cortes, comunicado e coletiva do presidente Jerome Powell. Os riscos da decisão estão no futuro: e se… o Fed sinalizar uma pausa no ciclo? Esse seria o cenário que os mercados mais temem.
  • No cenário local, câmbio e juros internos podem ganhar impulso dependendo da reação dos fluxos estrangeiros aos sinais do Fed sobre os rumos do ciclo de cortes. Se a autoridade dos EUA reforçar a visão de que vem mais reduções por aí, os investidores tendem a reforçar a busca por ativos mais arriscados em busca de maior retorno, o que inclui ativos dos emergentes, como o Brasil.

CONTEÚDO DE MARCATudo o que você precisa saber antes de investir em um CDB

Giro pelo mundo

  • Expectativa no ar: segundo a ferramenta CME FedWatch, o mercado dá cerca de 90% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed nesta quarta-feira.

Giro pelo Brasil

  • O mercado de BDRs parece ter sentido a concorrência com as contas internacionais, que permitem investir diretamente lá fora. O número de investidores está estagnado desde 2023. Há dois anos, eram 1,1 milhão de aplicadores. De lá para cá, a quantidade, na verdade, tem caído ano a ano. Hoje, são 996 mil, de acordo com o Relatório Anual de BDRs, da B3.
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Giro corporativo

  • O último capítulo da venda de mais de uma dezena de frigoríficos da Marfrig (hoje MBRF) para a concorrente Minerva Foods se aproxima — mais de dois anos depois do anúncio da operação, avaliada à época em R$ 7,5 bilhões. A Minerva terá de levar a leilão, até o fim do primeiro semestre de 2026, uma planta em Pirenópolis (GO), cuja venda foi determinada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Agenda do dia

  • 09:00: Divulgação do IPCA de novembro – IBGE. O IPCA de novembro ficou em alta de +0,18%, abaixo do esperado pelo consenso do mercado, de 0,2%. No acumulado de 12 meses, o indicador alcança 4,46%, dentro do intervalo de tolerância da meta do BC.
  • 16:00: Decisão de política monetária do Fed – EUA. Mercado aguarda corte de 0,25 ponto percentual.
  • 16:30: Coletiva de impresa do presidente do Fed, Jerome Powell – EUA. Economistas, analistas e investidores de olho em pistas sobre os rumos do BC americano para 2026.
  • 18:30: Decisão de política monetária do Banco Central – Brasil. Copom termina a última reunião do ano. Expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano. Comunicado pode fornecer sinais sobre o início do ciclo de cortes de juros.


Ótima super quarta e bons negócios!

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