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Mercados hoje: semana tem Fed, Copom e alta temperatura na política brasileira

BCs dos EUA e do Brasil decidem sobre os juros na quarta-feira

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Bom dia!

A semana começa em clima de “que tipo de Natal o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai trazer?”. Os investidores globais entram no modo ansiedade pré-Fed a menos de três dias da decisão sobre juros nos EUA. E o BC dos Estados Unidos pode trazer um presente antecipado para os mercados se, além de confirmar o corte de 0,25 ponto percentual, sinalizar que pode haver mais pela frente.

Por aqui, o ruído politico segue em alta, após as turbulências na sexta-feira, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou como seu candidato “oficial” o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). E no mesmo clima do Fed, o Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado do nosso BC que decide o rumo dos juros, se reúne entre terça-feira (9) e quarta-feira (10). No entanto, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano.

Enquanto você dormia

  • Os futuros das bolsas de Nova York amanheceram sem grandes sobressaltos, com um humor mais construtivo do que o visto na sexta-feira. Às 7h30, o S&P 500 futuro subia +0,13% e o Nasdaq futuro avançava +0,23%
  • Na Europa, o Stoxx 600 subia +0,03%.
  • Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou em alta de +0,18%. O Hang Seng, de Hong Kong, terminou em queda de -1,23%, com dados fracos da China.
  • O índice dólar (DXY) opera praticamente estável, com leve queda de -0,03% aos 98,96 pontos. O petróleo Brent recuava -0,94% para US$ 63,15 o barril. Os juros da Treasury de 10 anos estavam em alta a 4,15% ao ano.

Destaques do dia

  • O foco da semana estará nas decisões do Fed e do Copom, ambos na quarta-feira. O BC americano deve avançar com um novo corte de juros diante da combinação de inflação mais comportada e sinais de desaceleração moderada da economia. O mercado já precifica esse movimento há semanas, e o discurso dos dirigentes abriu espaço para mais “flexibilidade” nas próximas reuniões. No Brasil, o mercado antecipa a manutenção dos juros em 15% ao ano. Mas sempre fica a expectativa de que o BC possa sinalizar os próximos passos da política monetária, ou seja, quando os cortes de juros podem começar.
  • E como isso impacta os mercados? Se o Fed realmente cortar, a curva longa no Brasil tende a refletir um alivio, o que beneficia setores sensíveis a juros, como varejo e construção. Também reduz pressão sobre moedas emergentes, incluindo o real. Esses movimentos podem ser reforçados por sinais de um BC mais perto de começar a reduzir a Selic, o que pode impulsionar a renda variável como um todo.

Giro pelo mundo

  • China fraca: Exportações e importações vieram abaixo do esperado, reforçando dúvidas sobre o ritmo da recuperação chinesa; novos estímulos podem ser avaliados nos próximos dias.
  • Europa mais firme: PMIs revisados apontam melhora marginal na atividade, mas ainda em território contracionista; mercados aguardam o BCE nesta quinta.
  • Tecnologia em foco: Gigantes dos EUA seguem em alta moderada com expectativa de queda de juros impulsionando múltiplos.
  • Petróleo volátil: Tensões geopolíticas mantêm o barril instável; investidores observam os próximos passos da OPEP+.

Giro pelo Brasil

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  • Candidatura Flávio Bolsonaro: A entrada do senador como pré-candidato à presidência com apoio oficial do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, surpreendeu o mercado e elevou a percepção de risco político para a eleição. A percepção de divisão na direita afetou o humor dos investidores. O Ibovespa despencou 4,25% na sexta-feira, enquanto o dólar voltou para a casa dos R$ 5,43 no maio patamar desde outubro.
  • Ruído fiscal: Discussões no Congresso sobre novas fontes de receita seguem sem resolução clara nesta semana.

Giro corporativo

  • Siderurgia: Dados mais fracos da China reacendem preocupação com demanda por minério e aço; empresas como Gerdau e CSN entram no radar.
  • A Localiza propôs a emissão de um novo tipo de ação preferencial (PN) que dará direito ao recebimento de dividendos (como toda ação preferencial), mas que terá o mesmo direito das ações ordinárias e que poderão ser resgatadas a critério da empresa: as ações preferenciais resgatáveis. A emissão de PNs resgatáveis ocorrerá no contexto de um aumento de capital de R$ 2,06 bilhões.

Agenda do dia

Ótima segunda-feira e bons negócios!

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