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Queda das criptomoedas reduz fortuna da família Trump

O valor de uma memecoin com a marca Trump caiu cerca de 25% desde agosto

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Durante o segundo mandato do presidente americano Donald Trump, os criptoativos transformaram a fortuna da família. Agora, os Trumps — e seus seguidores — têm uma aula intensiva sobre a volatilidade extrema inerente às moedas digitais.

O valor de uma memecoin com a marca Trump caiu cerca de 25% desde agosto. A participação de Eric Trump em um negócio de mineração de bitcoin perdeu aproximadamente metade do valor desde seu pico. E as ações da empresa de mídia social de Trump, que começou a acumular bitcoin neste ano, estão próximas de sua mínima histórica.

A venda faz parte de um colapso mais amplo que eliminou mais do que US$ 1 trilhão em valor em todo o mundo dos ativos digitais. A fortuna da família Trump caiu para cerca de US$ 6,7 bilhões, ante US$ 7,7 bilhões no início de setembro, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg, um declínio amplamente ligado ao seu portfólio crescente de negócios em criptomoedas.

Essas participações envolvem negócios complexos que vão além de simples apostas no valor das moedas digitais. Investidores comuns, que têm mais opções do que nunca para investir em projetos ligados a Trump, correm o risco de sofrer perdas ainda maiores. Qualquer especulador que tenha comprado a memecoin de Trump no seu pico, após o anúncio no fim de semana da posse, por exemplo, teria perdido quase todo o valor do seu investimento até este mês.

Eric Trump, o segundo filho do presidente, disse que continua destemido. Ele tem reiteradamente incentivado os investidores a redobrarem suas apostas, mesmo em períodos de queda no mercado de criptomoedas.

Eric Trump speaks during the bell ringing ceremony for American Bitcoin at the Nasdaq on Sept. 16.

“Que ótima oportunidade de compra”, disse em comunicado para a Bloomberg News. “Quem comprar na baixa e abraçar a volatilidade serão os vencedores finais. Nunca estive tão otimista em relação ao futuro das criptomoedas e à modernização do sistema financeiro.”

É verdade que, desde a sua criação em 2009, o bitcoin já sofreu diversas quedas acentuadas, para depois se recuperar e subir novamente cada vez mais alto com o tempo. Mas os Trumps têm uma reserva incorporada em suas participações em criptomoedas. Embora detenham tokens e ações de empresas ligadas a criptomoedas que estão em queda livre, eles ganham dinheiro de outras maneiras com seu envolvimento no setor.

Considere a plataforma de criptomoedas que eles cofundaram, a World Liberty Financial. A família Trump viu suas participações no token afiliado diminuírem em valor no papel — mas eles ainda têm direito a uma parte das receitas obtidas com a venda do token, independentemente dos preços.

“Os investidores de varejo só podem especular”, disse Jim Angel, professor de finanças da Universidade de Georgetown. “Os Trumps não só podem especular, como também podem criar tokens, vendê-los e lucrar com essas transações.”

Este é um panorama de como as participações da família Trump ligadas a criptomoedas resistem à queda.

Trump Media: perda de US$ 800 milhões

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As ações da Trump Media & Technology Group, controladora da plataforma Truth Social, a atingiu uma mínima recorde na quarta-feira. Pelo menos parte dessa queda pode ser explicada por uma entrada mal calculada no mercado de criptomoedas.

O valor da participação do presidente na empresa caiu cerca de US$ 800 milhões desde setembro. Ele é o maior acionista, com sua participação em um fundo administrado por seu filho mais velho, Donald Trump Jr.

A Trump Media, que não gera lucro, vem experimentando diversas novas linhas de negócios, incluindo criptomoedas. A empresa gastou cerca de US$ 2 bilhões em bitcoin e títulos relacionados, incluindo opções, de acordo com um comunicado de julho. Seu estoque de aproximadamente 11.500 bitcoins, comprados quando o preço da criptomoeda era de cerca de US$ 115.000, significa que a empresa acumulou perda de cerca de 25% na posição.

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