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Taxas dos títulos no Tesouro Direto sobem e IPCA+ já chega a 8% ao ano

Com aumento da preocupação com situação fiscal do país, investidores estão cobrando mais caro para financiar o governo

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O Tesouro Direto continua pagando taxas altas e os prêmios dos títulos indexados à inflação – o valor “extra” acima do IPCA exigido pelos investidores para comprar os papéis – voltaram a tocar ou, no mínimo, a se aproximar dos 8% ao ano, entre os níveis mais altos da história.

O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 já está pagando um prêmio de 8,09% ao ano, enquanto os títulos com vencimento em 2040 negociam a uma taxa de IPCA + 7,42%. Na ponta mais longa, para 2050, o prêmio está em 7,11%.

As taxas dos títulos passaram a subir mais desde a última quarta-feira (8), dia em que o governo sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados na tentativa de emplacar Medida Provisória 1303, que elevava a arrecadação por meio de aumento de impostos em aplicações financeiras. A derrubada da MP trouxe de volta o fantasma do desequilíbrio fiscal, uma vez que o governo contava com a arrecadação extra para cobrir o rombo do orçamento em 2026.

Naquele momento, o Tesouro IPCA+ para 2029 ainda era negociado a 8,09%, mas o título para 2040 tinha uma taxa de 7,25% ao ano, enquanto o papel para 2050 tinha taxa de 7,07%.

No caso dos prefixados, os títulos com prazo médio, em 2028, tiveram uma queda de 13,91% para 13,42%, mas o prefixado com vencimento em 2032 foi de 13,79% ao ano para 13,94% hoje. No Tesouro Prefixado para 2035 e com pagamento de juros semestrais, a taxa saiu de 13,95% para 14,03%.

Com a alta das taxas, os preços dos títulos caem. Isso significa que os investidores podem encontrar um bom ponto de entrada, justamente para “travar” uma alta remuneração em vários vencimentos.

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