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AES estuda participar da indústria de hidrogênio verde além da oferta de energia

Empresa de energia brasileira quer ir além do fornecimento de energia elétrica para a produção do combustível renovável.

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A AES Brasil vem estudando uma participação mais ampla na indústria de hidrogênio verde, que vá além do fornecimento de energia elétrica para a produção do combustível renovável, disse nesta sexta-feira a CEO da elétrica, Clarissa Sadock.

“Estamos discutindo com potenciais parceiros para que a gente trabalhe no processo como um todo, tanto da geração de energia quanto provavelmente também do hidrogênio… uma vez que até por questões fiscais faz sentido ter integração entre as duas fases”, disse a executiva, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre.

Ela lembrou que a geradora está avançando com seu primeiro projeto de hidrogênio verde no Brasil, tendo assinado, em setembro, um pré-contrato com o Complexo Industrial e Portuário de Pecém para uma planta de produção do combustível.

O pré-contrato é uma evolução do memorando de entendimentos que havia sido fechado em dezembro de 2021, e permite que a elétrica siga com estudos de viabilidade técnica e comercial para produção de até 2 gigawatts (GW) de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano.

A intenção, segundo Sadock, é usar o terminal cearense para exportar sua produção do hidrogênio, principalmente para países da Europa.

“Vamos trabalhar internamente para desenvolver esse produto… que ainda é mais caro do que outros tipos de hidrogênio”, destacou a CEO, acrescentando que, em sua visão, serão necessários subsídios governamentais para viabilizar economicamente o combustível renovável.

Agenda regulatória 2023

Na teleconferência, a executiva também avaliou que o ano de 2023 será importante para a agenda regulatória do setor elétrico, sobretudo para as pautas de modernização e abertura do mercado livre contidas no projeto de lei (PL) 414, que aguarda votação no Congresso.

Ela ressaltou ainda a discussão sobre antecipação da renovação de concessões hídricas, um tema também contemplado no PL 414.

Segundo a CEO da AES, essa é uma pauta que “faz sentido” tanto para as geradoras –que manteriam os ativos em carteira por mais tempo– quanto para o governo, que anteciparia uma receita que viria só daqui a alguns anos. Sadock reforçou o interesse da companhia em renovar suas concessões hídricas, “a depender das condições” que forem oferecidas.

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