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Apollo embaralha venda da Intel para a Qualcomm com ajuda de US$ 5 bilhões

Executivos da Intel estão avaliando a proposta, que pode mudar as negociações com a rival Qualcomm

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Foto: Justin Sullivan/Getty Images)

A Apollo Global Management propôs uma ajuda de bilhões de dólares para a Intel, segundo fontes próximas ao assunto. A oferta representa um voto de confiança na estratégia de recuperação da fabricante de chips e uma alternativa a uma possível aquisição pela rival Qualcomm.

A gestora de ativos indicou recentemente que estaria disposta a fazer um investimento semelhante a capital próprio de até US$ 5 bilhões na Intel, de acordo com uma das fontes.

Esse desenvolvimento surge após a Qualcomm, com sede em San Diego, ter cogitado uma oferta amigável de aquisição da Intel, que vem tentando se reinventar em meio ao período mais difícil de sua história de 56 anos. A movimentação da Qualcomm levantou a possibilidade de um dos maiores acordos de fusões e aquisições de todos os tempos, além de potencialmente atrair outros interessados. A Broadcom, por enquanto, está fora da disputa.

As ações da Intel subiram até 4,2% no início das negociações desta segunda-feira.

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Executivos da Intel estão avaliando a proposta da Apollo, segundo as fontes. O valor do investimento proposto pode mudar as negociações. Ou ainda as negociações podem não avançar, alertaram. Representantes da Apollo e da Intel, com sede em Santa Clara, Califórnia, preferiram não comentar o assunto.

Embora hoje a Apollo seja mais conhecida por suas estratégias em seguros, aquisições e crédito, a empresa começou nos anos 1990 como uma especialista em investimentos em empresas em dificuldades financeiras.

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A Apollo já tem um relacionamento pré-existente com a Intel, que em junho concordou em vender uma participação em uma joint venture que controla uma fábrica de chips na Irlanda por US$ 11 bilhões, atraindo mais capital externo para a expansão de sua rede de fábricas.

Sob a liderança do CEO Pat Gelsinger, a Intel vem implementando um plano caro para se reinventar, trazendo novos produtos, tecnologias e clientes externos. No entanto, a empresa caminha para o terceiro ano consecutivo de queda nas vendas, e suas ações já perderam mais de 50% do valor neste ano.

As ações da Intel registraram uma leve recuperação na semana passada, após Gelsinger anunciar uma série de iniciativas que sinalizam o início de uma virada. Entre elas, um acordo bilionário com a Amazon Web Services, unidade de nuvem da Amazon.com, para co-investir em um semicondutor customizado para inteligência artificial, e um plano para transformar sua combalida divisão de manufatura em uma subsidiária integral. A Intel também anunciou que iria suspender temporariamente alguns projetos, incluindo a construção de novas fábricas na Alemanha e na Polônia.

Gelsinger acredita que o plano de recuperação pode ser suficiente para a Intel se manter como uma empresa independente, mas está aberto a considerar o mérito de diferentes transações, disseram fontes próximas ao assunto no sábado. A Broadcom, que já havia avaliado a possibilidade de um acordo, não está atualmente considerando uma oferta pela Intel.

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Uma combinação da Intel com uma concorrente maior quase certamente enfrentaria intenso escrutínio de reguladores antitruste ao redor do mundo, já que os chips são parte fundamental da infraestrutura digital que sustenta a vida cotidiana — desde smartphones e computadores até máquinas de lavar e veículos elétricos.

Um acordo entre Qualcomm e Intel enfrentaria múltiplos obstáculos, escreveram os analistas Kunjan Sobhani e Oscar Hernandez Tejada, da Bloomberg Intelligence, em um relatório.

“O acordo enfrenta desafios significativos nos âmbitos regulatório, financeiro e de execução”, afirmaram. “Com apenas US$ 13 bilhões em caixa, a Qualcomm provavelmente precisaria de investidores adicionais e de desinvestimentos para viabilizar a compra. A adequação estratégica do negócio também pode levantar preocupações.”

A Apollo tem experiência anterior no setor de fabricação de chips. No ano passado, a empresa com sede em Nova York liderou um investimento de US$ 900 milhões na Western Digital, adquirindo ações preferenciais conversíveis.

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