Negócios
Bancos melhoram oferta de títulos para tirar Latam da falência
O financiamento, que também inclui empréstimo de US$ 750 milhões, será usado para pagar credores.
Os bancos que lideram o financiamento para retirar a Latam Airlines da falência melhoraram a oferta de US$ 1,5 bilhão em títulos em meio à fraca demanda dos investidores.
O JPMorgan propôs um yield na faixa de 14% a 15%, ante proposta inicial de cerca de 13%, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. O desconto foi reduzido para 93 cents por dólar, de acordo com as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
O financiamento, que também inclui empréstimo de US$ 750 milhões, será usado para pagar credores. As discussões sobre o empréstimo alavancado giram em torno de uma taxa de cerca de 7,75 ponto percentual acima da taxa de referência, com um desconto de 92 a 93 cents por dólar.
Os mercados de títulos de alto risco e empréstimos alavancados estão sob pressão de juros crescentes e temores de uma recessão profunda, que fazem com que investidores fujam de dívidas arriscadas. Um grupo de subscritores liderados pelo Bank of America e Barclays teve que retirar uma colocação de US$ 3,9 bilhões para a aquisição alavancada da Brightspeed pela Apollo Global Management na quinta-feira (29).
Representantes do JPMorgan (JPMC34) e do Goldman Sachs (GSG134) não quiseram comentar, e um representante da Latam não respondeu imediatamente.
Os lances, tanto pelos títulos quanto pelo empréstimo, demoraram a chegar, de acordo com as pessoas.
A Latam entrou com pedido de falência em Nova York há mais de dois anos, uma das maiores quebras da pandemia. A companhia aérea com sede em Santiago obteve aprovação judicial para reestruturação em junho, após lutar para obter apoio dos credores.
Veja também
- Avianca limita venda de passagens por escassez de combustível de aviação na Colômbia
- Avião da Voepass, antiga Passaredo, cai em Vinhedo com 62 pessoas a bordo
- Latam retorna à bolsa de Nova York e movimenta US$ 456 milhões
- Crise da Boeing vira desafio adicional para a Gol
- Com mercado à espera do ‘Voa Brasil’, aéreas já oferecem 13% das passagens a menos de R$ 200