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BARK Air: conheça a primeira cia aérea feita para cachorros

O slogan da companhia americana é: “Nenhum cão deveria viajar numa caixa”

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Uma empresa focada em produtos para pets aposta numa empreitada que demonstra ter demanda: a de voos para cachorros. Diferentemente das companhias aéreas tradicionais, em que os cães maiores viajam necessariamente em caixas e vão no compartimento de carga do avião (ou seja, longe dos tutores), ela prioriza os doguinhos. É a americana BARK Air, que começou com voos entre Los Angeles, Nova York e Londres.

Ali, quem vai na caixa são os donos. Brincadeira. Vai todo mundo na cabine mesmo, claro. Mas o co-fundador e CEO da BARK, Matt Meeker, usou essa imagem de um ser humano na caixa para promover sua companhia: ele mesmo embarcou num voo de 3 horas e 27 minutos dentro de um habitáculo para cachorro. Foi no porão, junto com as bagagens, e deixou registrado aqui.

O slogan da empresa vai direto ao ponto: “Nenhum cão deveria viajar numa caixa”.

O fato de não existir uma solução boa e conveniente para cães viajarem por longas horas foi o impulsionou a criação do serviço. “Passamos anos conversando com companhias aéreas sobre como tornar mais acessível voar com seu cachorro e, devido à resistência delas, decidimos construir nós mesmos a solução”, diz um manifesto no site da companhia.

O problema é o preço. A companha usa jatinhos particulares Gulfstream G550, não aviões comerciais. Como a capacidade é diminuta, para apenas dez cães acompanhados de seus tutores, cada voo custa um rim. Na rota Nova York-Los Angeles (ou o contrário), são R$ 30,9 mil (US$ 6 mil). NY-Londres, R$ 41,1 mil (US$ 8 mil) – preços só de ida para cada dupla de Homo sapiens + Canis familiaris.

Mesmo assim, os voos LA-NY para o restante do mês de maio estão esgotados (ainda que sejam apenas duas datas):

Não é possível falar deste assunto sem mencionar o triste caso do Golden Retriever que morreu nos porões de um voo da Gol – após ter sido embarcado para a cidade errada (o tutor ia para Sinop (MS) e o cão foi mandado para Fortaleza (CE).

Mas o fato é que incidentes graves ou fatais são raros. A ideia de um voo especial para cães não é evitar tragédias. É tratar o dog de igual para igual – caso você possa pagar por esse privilégio. 

É basicamente um voo canino de executiva: além de petiscos e água à vontade, eles recebem fones com cancelamento de ruído, para estressar menos com o barulho dos motores. E estão liberados para socializar durante o voo.

A companhia também oferece um serviço de transporte terrestre num raio de 48 quilômetros dos aeroportos em que opera. 

Para poder voar com seu cão, é preciso mostrar comprovante de vacina contra a raiva, de que ele está vermifugado, mais um atestado médico dizendo que ele está em boa condições para viajar. Já para a entrada no Reino Unido, soma-se a necessidade de um microchip de identificação.

Em tempo: eles não têm restrição de raça. Se estiver pelos EUA com seu São Bernardo, aproveite.

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