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Bilionário Janguiê Diniz arremata mansão de Edemar Cid Ferreira por R$ 27,5 mi

Imóvel foi leiloado por cerca de um terço do valor, estimado em R$ 78 milhões.

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Depois de vários leilões fracassados, a mansão de Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, foi arrematada por R$ 27,5 milhões para o bilionário do ramo de educação Janguiê Diniz. Foram 16 lances, com valor inicial de R$ 10 milhões.

Diniz, fundador do grupo Ser Educacional, disse à imprensa que pretende transformar o imóvel em uma escola de alto padrão voltada para o ensino básico. A ideia é focar em inovação e empreendedorismo, aos moldes da Ad Astra School, criada pelo CEO da Tesla, o norte-americano Elon Musk.

O valor do leilão representa cerca de um terço do que vale o imóvel, estimado em R$ 78 milhões. O arrematante terá de fazer o pagamento de 40% desse total em até 72 horas.

Construção custou R$ 120 milhões

Construído entre 2000 e 2004, ao custo de R$ 120 milhões, o imóvel ficou pronto justamente na época em que o Banco Central decretou a falência do Banco Santos.

À medida que os bens da instituição financeira e de seu dono passaram a ser confiscados para fazer frente às obrigações com o BC, de cerca de R$ 3 bilhões, a mansão também entrou no alvo da Justiça. Em 2011, o ex-banqueiro chegou a ser preso e foi obrigado a deixar o imóvel.

Segundo o advogado Pedro Amorim, diretor da empresa D1 Lance Leilões, o comprador só terá a posse do imóvel após homologada a quitação integral do lance pelo juízo. Caso o vencedor não pague no prazo, o participante com o segundo maior lance será acionado, caso tenha interesse.

As decisões sobre a falência do banco Santos estão na 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) com o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho.

Mesa de jantar de R$ 1 milhão

Instalada em um terreno de 12 mil metros quadrados, a residência tem 4,5 mil metros quadrados de área construída e inclui facilidades como duas piscinas — uma coberta e outra ao ar livre —, uma adega que abriga 5 mil garrafas de vinho, duas bibliotecas (com coleção de livros de arte incluída).

Alguns objetos de arte e móveis ainda restam na casa. Só a mesa de jantar de 24 lugares teria custado, na época da aquisição, US$ 350 mil (mais de R$ 1 milhão).

Conta de luz de R$ 100 mil por mês

Manter um imóvel dessa magnitude não é fácil nem barato. Desde a expulsão de Edemar, há oito anos, a residência — que, em um certo período, contabilizava quatro moradores e 54 empregados —, custou milhões à massa falida.

Isso porque o projeto do arquiteto Ruy Ohtake já incluía, 20 anos atrás, a automação de persianas e um sistema completo de ar-condicionado – luxos que elevaram a conta de luz a R$ 100 mil por mês.

Além dos gastos fixos salgados, um eventual novo dono também terá de arcar com uma reforma, já que os problemas se proliferam entre corredores de mármore e escadarias suntuosas: há pisos de madeira podres, lâmpadas caídas e portas que já não abrem e nem fecham.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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