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BNDES e Banco de Desenvolvimento da China assinam primeiro empréstimo em moeda chinesa

Esta é a primeira operação do banco em moeda estrangeira: ao todo, foram emprestados R$ 4 bilhões

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, apertam as mãos ao assinarem acordos bilaterais, em Brasília, Brasil 20/11/2024 REUTERS/Adriano Machado

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB) assinaram nesta quarta-feira uma operação de empréstimo de R$ 4 bilhões (em torno de 5 bilhões de yuans), na primeira operação do banco brasileiro em moeda estrangeira.

O contrato de captação de recursos foi assinado durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília, em um bloco de 37 acordos em diversas áreas, e tem uma previsão de três anos. De acordo com o BNDES, os recursos serão usados em uma linha de crédito destinada a apoiar investimentos do BNDES em diferentes setores.

“O BNDES tem intensificado sua atuação internacional, buscando maior aproximação com diversas instituições de fomento para diversificar o funding e ampliar os investimentos no Brasil”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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“O empréstimo em moeda chinesa é um passo importante para diversificar as opções dos empresários brasileiros, sobretudo aos exportadores, porque tem a proteção cambial natural decorrente de suas exportações.”

O movimento dos dois bancos é um primeiro passo no projeto de ampliar os negócios em moeda local, um dos objetivos discutidos mais intensamente no BRICS, o bloco de economias emergentes compartilhados por China, Brasil e agora por outros oito países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido um dos maiores defensores de que os países dos BRICS precisam criar uma alternativa ao dólar nas transações entre eles, para depender menos de reservas da moeda norte-americana.

Na última cúpula, Lula defendeu que a criação de “meios alternativos de pagamento para transações entre os países” é a alternativa mais urgente do bloco, cuja presidência agora está com o Brasil.

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