Negócios
Brookfield está prestes a fechar venda de R$ 2,5 bi e sair de vez do setor de shoppings
Apesar da expectativa de fechar negócio em dezembro, feriados de fim de ano podem atrasar venda
A gestora canadense de ativos Brookfield e a Iguatemi estão chegando a um acordo sobre a venda de dois shoppings na cidade de São Paulo, de acordo com várias pessoas familiarizadas com o assunto.
As empresas acabaram de definir o preço das participações majoritárias que a Brookfield detém nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, com o objetivo de finalizar um acordo até o final de dezembro, prazo que pode ser ligeiramente prorrogado devido aos feriados de fim de ano, disseram duas das fontes nesta semana.
A venda dos dois shopping centers, avaliada em perto de R$ 2,5 bilhões, quando concluída, marcará a saída da Brookfield do setor de shoppings no Brasil, disseram as mesmas fontes.
A gestora de ativos canadense decidiu sair do setor de shoppings no Brasil por considerar que seus investimentos nesses empreendimentos comerciais já estavam maduros. A empresa começou a investir em shopping centers no país na década de 1980.
De acordo com uma pessoa familiarizada com a situação, outros grupos também demonstraram interesse nos shoppings.
A Brookfield e a Iguatemi, que têm mantido conversas exclusivas sobre o negócio, não quiseram comentar.
LEIA MAIS: Mais cosméticos e menos loja âncora: o CEO da Allos mostra o que é tendência nos shoppings
A Brookfield, que administra cerca de R$ 200 bilhões em ativos no Brasil, continua ativa em vários outros setores no país, incluindo energia renovável, infraestrutura, private equity e imobiliário.
O financiamento para a transação deverá ser feito pela Iguatemi e BB Asset, por meio de um fundo de investimento focado em shopping centers, e possivelmente outros fundos especializados em imóveis, segundo as fontes.
Conforme o acordo, a Iguatemi concluirá o processo de due diligence com o objetivo de assinar o contrato final com a Brookfield até o encerramento de 2024.
Inicialmente, a transação envolveria apenas a BB Asset e a Iguatemi. No entanto, o grupo decidiu incluir outros investidores devido às atuais condições desfavoráveis do mercado para fundos de investimento imobiliário que buscam levantar novos capitais. As conversas com esses investidores adicionais estão em andamento, disseram três das fontes.
A BB Asset não quis comentar.
LEIA MAIS: Shoppings desistem de vendas online e apps focam na experiência presencial
No início deste ano, a BB Asset, por meio de um de seus fundos, e a Iguatemi também compraram uma participação no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, da Brookfield.
A Brookfield, com aproximadamente 1 trilhão de dólares em ativos em mais de 30 países, tem suas origens em uma empresa de prestação de serviços públicos fundada em 1899 em São Paulo, Brasil.
Veja também
- IPO da Brazil Potash levanta US$30 mi em NY
- Totvs estuda apresentar proposta por Linx
- Governo e bancos credores discutem criação de FIP para ações da Braskem
- B3 lança novo índice derivado do Ibovespa, mas com peso igual para as empresas
- Quem é – e o que pensa – Scott Bessent, secretário do Tesouro anunciado por Trump