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BTG corta recomendação da Braskem e ação cai mais de 4%

Indicação passou de compra para neutra, com novo preço-alvo de R$ 26.

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A ação da Braskem (BRKM5) operou no negativo nesta quarta-feira (20) tendo como pano de fundo o rebaixamento de recomendação do papel pelo BTG Pactual.

A ação da petroquímica encerrou o pregão em queda de 4,12%, a R$ 22,57.

Instalações da Braskem em Maceió (AL) 30/01/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Em relatório, o BTG Pactual aponta que, após um início de ano otimista, o crescimento da demanda tem se apresentado abaixo das expectativas, mas o crescimento da oferta mais do que compensou esta situação e o mercado está agora fortemente sobreofertado.

“Os spreads da Braskem não se recuperaram (na verdade, permanecem em níveis muito baixos), e o segundo semestre de 2023 pode ser ainda mais fraco que primeiro semestre deste ano. Apesar de estimarmos uma grande melhora em 2024, ainda vemos as ações sendo negociadas em múltiplos mais elevados do que os pares”, cita o banco no relatório. 

Assim, o BTG Pactual afirmou que, apesar de um desempenho fraco nos últimos doze meses (-22%), “estamos rebaixando a Braskem para neutro, com novo preço-alvo de R$ 26, e acreditamos que estar posicionado no upstream da cadeia de suprimentos ou investir em pares mais baratos oferece uma relação risco-retorno mais atraente”.

Desistência da Braskem

Na terça-feira (19), o Valor Econômico publicou que A Apollo Global desistiu de seguir em frente junto com a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) no processo de compra da Braskem após encontrar portas fechadas para ela na Petrobras e no governo brasileiro, segundo fontes que acompanham as negociações.

Tanque em unidade de produção de cloro-soda da petroquímica Braskem em Maceió 30/01/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Ainda de acordo com a publicação, neste momento, “as tratativas têm sido conduzidas apenas pelos árabes, que já levaram uma proposta de formação de joint venture com a estatal, com participação de cerca de 50% cada.”

O Valor Econômico informou ainda que uma das fontes disse que a Apollo vinha olhando a Braskem há pelo menos seis anos, antes de o problema geológico em Alagoas frustrar a venda da petroquímica para a LyondellBasell em 2019, e segue interessada no ativo, mas comunicou seu desembarque à Adnoc, que já engajou novos assessores nas negociações, após ser vetada na operação.

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