A trading agrícola Bunge vendeu mais um carregamento de farelo de soja argentino para a China, enquanto o país asiático busca diversificar o fornecimento do principal ingrediente para ração animal devido à guerra comercial com os EUA, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
A venda ocorre após a Bunge ter recentemente fretado o primeiro carregamento para a China. A previsão é de que o carregamento recém-vendido seja embarcado em setembro, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o negócio é privado.
Um porta-voz da Bunge não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Brasil
Tradicionalmente, a China importa soja principalmente dos EUA e do Brasil para processá-la em ração animal e óleo de cozinha no país. Mas Pequim abriu suas portas para o farelo argentino em 2019, durante a primeira guerra comercial do presidente Donald Trump com o maior comprador mundial de commodities.
A nova venda da Argentina também ocorre após o presidente Javier Milei reduzir as tarifas de exportação, tornando as safras do maior exportador mundial de farelo de soja mais competitivas.
“A China deixa claro que está focada na segurança alimentar, então acho absolutamente lógico e racional que eles continuem a desenvolver diferentes opções”, disse o CEO da Bunge, Greg Heckman, em uma teleconferência de resultados na semana passada. Importar farelo de soja da Argentina “é uma nova opção que eles estão desenvolvendo”, disse ele.
A Bunge carregou o primeiro lote de farelo da Argentina para a China no mês passado. O navio está atualmente a caminho da costa da África do Sul.