Os contratos futuros de café prolongaram a alta em Nova York, ultrapassando US$ 4 por libra-peso pela primeira vez desde abril, devido a preocupações persistentes com a oferta restrita e tensões comerciais.
Os preços do arábica, a variedade preferida de redes como a Starbucks, subiram até 3,6% nesta segunda-feira (15).
Os contratos futuros subiram cerca de 47% desde o início de agosto, em meio à seca no Brasil, principal produtor, às tarifas americanas sobre o fornecimento do país sul-americano e aos estoques menores.
As altas temperaturas em Minas Gerais e São Paulo provocam secas nas fazendas produtoras.
Espírito Santo enfrenta o mesmo problema, de acordo com a Somar Meteorologia.
Para o cinturão de arábica do Brasil, a atenção está se voltando para a próxima floração, uma fase crucial para a safra a ser colhida em meados do próximo ano, de acordo com a trader de café I & M Smith.
Os traders também estão de olho nas tensões políticas. Analistas apontaram as tarifas americanas de 50% sobre muitos produtos brasileiros, incluindo o café, como outro fator para a extrema restrição do mercado no curto prazo.
E a queda nos estoques é um sinal dessa restrição. A quantidade de grãos de arábica retidos em armazéns portuários monitorados pela bolsa caiu para o menor nível desde maio de 2024.
A alta dos preços foi acompanhada por gestores de recursos que elevaram as apostas líquidas de alta para o nível mais alto desde maio.