A empresa projeta elevar em 5% sua produção em 2025, antecipando-se à demanda global e reforçando a aposta em aplicações tecnológicas do mineral, de veículos elétricos a novos materiais.
Segundo o head de Estratégia da companhia, Eduardo Mencarini, a produção deve alcançar 100 mil toneladas de ferronióbio equivalente neste ano, ante cerca de 95 mil toneladas em 2024. A capacidade instalada atual é de 150 mil toneladas, enquanto a demanda mundial gira em torno de 125 mil toneladas, o que permite à empresa operar com folga para atender novos mercados.
“A gente investe em capacidade produtiva de nióbio à frente da demanda de mercado porque acredita que o nióbio ainda tem muitas aplicações inexploradas”, disse Mencarini à Reuters, nos bastidores da Exposibram, congresso de mineração realizado em Salvador.
Metade do plano de investimento de R$ 11 bilhões será voltada à expansão industrial e manutenção de ativos, parte de uma estratégia de diversificação que mira o segmento de baterias e tecnologias avançadas.
A CBMM já realizou testes com Toshiba e Volkswagen Caminhões e Ônibus para o uso de baterias de íons de lítio com nióbio, e mantém um orçamento de cerca de R$ 300 milhões anuais em pesquisa e inovação.
A companhia opera uma mina e 16 plantas industriais, com aproximadamente 160 processos produtivos, e dispõe de reservas mapeadas para mais 90 anos de produção — uma raridade no setor.
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