O executivo afirmou não saber quais são as intenções do presidente Donald Trump no Caribe sul, onde a intensificação da presença militar dos EUA gerou especulações de que o governo estaria buscando derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Mas a Chevron adota uma “visão de longo prazo” para operar na Venezuela, disse Wirth em entrevista à Bloomberg TV.
“Operamos lá em total conformidade com todas as leis e sanções dos EUA”, disse ele. “Estamos em discussões com o governo para garantir que continuemos em conformidade e que eles entendam o valor que nossa presença traz para a América.”
A Chevron é a única grande petroleira americana que ainda opera na Venezuela e tem funcionado sob diferentes isenções de sanções desde o primeiro governo Trump, resultando em operações intermitentes. Sua permanência tem sido um tema delicado tanto para os governos Biden quanto Trump, com alguns funcionários argumentando que a empresa fornece uma tábua de salvação financeira para Maduro, enquanto outros defendem que a presença de um operador americano é essencial para manter a estabilidade no país e nos mercados globais de petróleo.
“Nossa presença lá, acreditamos, é importante para a economia local, a economia regional e para o povo da Venezuela”, disse Wirth.
As reservas da Venezuela são as maiores do mundo, com mais petróleo e gás do que a Arábia Saudita.
“Está bem aqui em nosso hemisfério, muito perto do complexo de refino da Costa do Golfo”, afirmou Wirth. “Estamos lá em momentos bons e ruins e, como em muitos lugares do mundo, temos que ter uma visão de longo prazo sobre nossa presença em países como esse.”
