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Negócios

Com luxo e gastronomia, Helbor lança estande de imóveis no antigo Octavio Café

Endereço mais requisitado para encontros de negócios em São Paulo foi escolhido pela companhia para divulgar empreendimentos e reunir marcas de grife.

Boteco do Jacquin no Espaço Helbor

A incorporadora Helbor (HBOR3), que atua com empreendimentos imobiliários de média e alta renda, lançou nesta quinta-feira (7) um espaço de convivência na avenida Faria Lima, em São Paulo, onde anteriormente funcionava o badalado Octavio Café, da família Quércia, que fechou as portas em 2020. No endereço icônico, conhecido por encontros de negócios, a construtora decidiu reunir, além de estandes para divulgar seus imóveis, marcas de luxo que vão de motos, charutos a vinhos refinados.

Dentre as grifes presentes no local – selecionadas por uma curadoria – estão BMW, Jaguar e a alfaiataria Vasco Vasconcelos. Mas não é só isso. O prédio oferece serviços específicos, como assessoria financeira promovida pelo BTG Pactual, além do Boteco Jacquin, do chef de cozinha Erick Jacquin, com o propósito de oferecer pratos brasileiros.

“É algo novo e completamente diferenciado. Certamente teremos um público corporativo, mas esperamos também um público de sonhadores”, disse o chef de cozinha.

De acordo com Henry Borenstein, CEO da Helbor, o objetivo é justamente fugir do tradicional estande, considerado, pelo próprio executivo, um modelo “chato” para vender imóvel. “Essa é uma central de vendas diferente, que não tem só a oferta de imóveis. As pessoas poderão, além de ver nossos produtos, aproveitar o momento para relaxar e se divertir”, explico.  

Sem dar detalhes, Borenstein informou ainda que a companhia fez uma parceria com o dono do imóvel para que, no futuro, seja desenvolvido um novo projeto imobiliário no local. “Mas até esse dia chegar, a gente resolveu montar nosso show room”, explicou.  

Até o momento, o espaço traz a maquete e o decorado do W Residences SP, na Vila Olímpia, lançado pela companhia em 2019, com previsão de entrega para maio de 2022. O imóvel tem 216 unidades e um volume geral de vendas (VGV) de R$ 460,3 milhões. Há também a maquete do Casas Vila Nova, residencial localizado na Vila Conceição, que ainda não foi lançado pela empresa.

Segundo o presidente da Helbor, a ideia é aproveitar o ambiente para divulgar outros projetos. Atualmente, na capital Paulista, a empresa tem empreendimentos localizados nas regiões do Itaim Bibi, Jardins e Vila Nova Conceição.

CEO da Helbor – Divulgação

Setor imobiliário

O fato é que o cenário não é dos melhores para o setor imobiliário. O Imob, indicador da B3 que reúne as ações das companhias do setor, registra desvalorização de 30,33% no acumulado do ano. Os papéis da Helbor, por sua vez, caem 52,64% no periodo.

Na visão de Henry Borenstein, o desempenho ruim das ações do segmento na bolsa está descolado da realidade financeira das companhias. “Isso tudo tem a ver com o que deve acontecer no ano que vem com a questão dos juros, da política e das reformas. O mercado de capitais se antecipa um pouco e, por isso, no geral, as empresas do setor estão muito baratas na bolsa. Mas você vai perceber que no começo de novembro (quando as empresas começam a divulgar números do terceiro trimestre), todo mundo vai vir com bons resultados”, reitera.

A companhia reportou no segundo trimestre de 2021 um aumento da receita operacional líquida de 48,6%, para R$ 268 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 20,3 milhões no mesmo período do ano passado, ao informar um lucro líquido de R$ 30,5 milhões no mesmo intervalo deste ano. No período, a Helbor lançou quatro empreendimentos, com VGV total de R$ 751 milhões.

De acordo com o executivo, o foco da Helbor está na escolha de “bons” terrenos com localização estratégica e empreendimentos voltados para o segmento de classe média e média-alta.

Borenstein afirmou que, mesmo diante das dificuldades do setor, como aumento de custos de insumos, o ano está sendo bom para a companhia. Para ele, o pior já passou. “O último INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) já veio em uma realidade mais próxima do que estamos acostumados. Com a produção voltando à normalidade, os preços tendem a normalizar. Não vejo no médio e curto prazo um aumento tão grande dos insumos na construção civil”, explicou.  

Por outro lado, o executivo ponderou que o fato do desempenho do setor estar fortemente atrelado a juros baixos, emprego estável e inflação controlada, há uma certa cautela sobre como a economia deverá se comportar no próximo ano. “A estratégia da companhia é não acelerar demais, é dar o passo certo”, explicou.

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