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Copel aprova estatuto que permite privatização; ações sobem

Ações ordinárias da companhia paranaense tiveram alta de mais de 10%.

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A Copel, empresa de elétrica paranaense, aprovou, em assembleia realizada com os acionistas, a alteração do seu estatuto social que permitir o processo de transformação
da companhia em sociedade com capital disperso e sem acionista controlador.

As ações da ordinárias da Copel (CPLE3) subiram 10,04% nesta sexta, a R$ 7,67, enquanto o papel CPLE6 subiu 3,64%, a R$ 7,98.

A alteração no estatuto, que permite a privatização da companhia, foi aprovada em assembleia geral extraordinária na quarta-feira (7). Atualmente, o governo do Paraná é o principal acionista da empresa. A medida deve ser votada em assembleia extraordinária no dia 10 de julho.

Também foi aprovado o ingresso da Copel e efetiva listagem de suas ações no Novo Mercado da B3, segmento especial exclusivo para companhias que adotem as mais elevadas práticas de governança corporativa.

REUTERS/Ueslei Marcelino

Para ingressar no Novo Mercado e concluir a transformação em corporação, a Copel precisará fazer ajustes como converter ações de classe A e B em ações ordinárias. A Copel também deve colocar novas ações ordinárias à venda na bolsa de valores.

“O acionista titular de ações preferenciais classe A e classe B que não aprovar a Conversão de Ações na assembleia especial —seja por dissensão, abstenção ou ausência— terá o direito de retirar-se da Companhia, mediante o reembolso das ações”

Fato relevante

A companhia propôs a criação de limitação para que nenhum acionista ou grupo de acionistas venha a exercer votos correspondentes a mais de 10% do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto em cada deliberação.

Outra proposta é a inclusão de dispositivo estatutário de proteção à dispersão acionária (poison pill), de forma que o acionista ou grupo de acionistas que, direta ou indiretamente, vier a se tornar titular de ações ordinárias que, em conjunto, ultrapassem 25% do capital votante da Copel deverá realizar uma oferta pública para a aquisição da totalidade das demais ações ordinárias, por valor, no mínimo, 100% superior à maior cotação das ações ordinárias nos últimos 504 pregões anteriores à aquisição, atualizada pela SELIC, enquanto quem ultrapassar 50% deverá ofertar por valor, no mínimo, 200% superior sob os mesmo critérios.

Também foi proposta a criação e emissão de Golden Share, que é uma ação preferencial de classe especial de titularidade do estado do Paraná. E foi sugerida a exclusão dos dispositivos previstos pela Lei das Estatais.

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