O financiamento foi concedido por Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander e terá vigência de 15 anos, até dezembro de 2040. De acordo com a Folha de S.Paulo, a operação foi estruturada a uma taxa de 115% do CDI, dentro do teto exigido pelo Tesouro Nacional para a concessão da garantia soberana, após uma proposta inicial ter sido descartada por prever juros mais elevados.
O empréstimo conta com aval do Tesouro, o que praticamente elimina o risco para os bancos credores. Do total contratado, R$ 10 bilhões devem ser liberados ainda em 2025, com os R$ 2 bilhões restantes previstos para entrar no caixa até janeiro de 2026. A liberação do aval exigiu uma exceção regulatória, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), diante da situação financeira delicada da empresa.
Segundo os Correios, a cifra bilionária será destinada ao capital de giro e a investimentos estratégicos, no âmbito do plano de reestruturação da estatal, que prevê medidas como corte de despesas, renegociação de dívidas e mudanças na estrutura de pessoal.
Apesar do reforço de caixa, o valor contratado ficou abaixo dos R$ 20 bilhões inicialmente pleiteados pela estatal, o que mantém no radar a necessidade de novo crédito ou aporte do Tesouro em 2026, ano eleitoral, para viabilizar integralmente o plano de reestruturação.
