Negócios
CVC estuda oferta pública para aumento do capital da companhia; ações sobem
Maior operadora de turismo do país enfrenta grave crise financeira.
A CVC (CVCB3) estuda uma oferta pública de ações para ampliar o capital da companhia. A maior operadora de turismo do país enfrenta uma crise financeira agravada pela pandemia.
Após o anúncio, as ações da companhia subiam na manhã desta sexta-feira (2). Às 10h50, as ações tinham alta de 10,74% e eram negociadas a R$ 4,02.
De acordo com o Brazil Journal, a CVC está em conversas com Guilherme Paulus, o fundador e antigo controlador da companhia, sobre um aumento de capital iminente da ordem de R$ 300 milhões.
Ainda de acordo com a reportagem, as negociações estariam sendo lideradas pelo Opportunity, o maior acionista da empresa com 20% do capital.
Em fato relevante, publicado nesta sexta-feira (2), a CVC afirma que está conduzindo conversas com potenciais investidores estratégicos. No entanto, a companhia não confirma as conversas com Guilherme Paulus.
“Até o presente momento, não há nenhum acordo vinculante com nenhum investidor e nenhuma definição quanto ao valor e demais condições da Potencial Oferta Pública. Vale ressaltar, também, que tanto a celebração de um contrato de investimento quanto a realização de uma Potencial Oferta Pública com ou sem um investidor, dependerão da implementação dos respectivos tramites de governança, incluindo aprovações societárias.”
nota da cvc
Na semana passada, o CEO da CVC, Leonel Dias de Andrade Neto, apresentou sua carta de renúncia ao cargo de diretor-presidente e de diretor-financeiro e de Relações com Investidores, em meio à crise da companhia, que tem dívidas em torno de R$ 700 milhões.
Prejuízo
A CVC Corp (CVCB3) apresentou prejuízo líquido de R$ 128 milhões no primeiro trimestre de 2023, 23% menor do que no mesmo período de 2022. O Ebitda foi de R$ 15,8 milhões, queda de 52,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Já a receita líquida no mesmo intervalo foi de R$ 295,5 milhões, alta de 0,9%.
As Reservas Confirmadas e Consumidas cresceram respectivamente 44% e 33% na comparação anual pela retomada de vendas de todas as unidades de negócio. Destaca-se, nas Reservas Consumidas, a participação do produto marítimo, com 800% de crescimento, e a continuidade pela demanda de viagens internacionais, com avanço de 71% no mesmo período.
O take rate (parcela do que a companhia recebe que fica no negócio) teve impacto por um desempenho aquém do esperado em produtos exclusivos, alto consumo das reservas confirmadas do período de Black Friday e participação recorde de produto marítimo. O indicador ficou em 7,4%, com queda de 2,3 pontos porcentuais.
A companhia lembra ainda que a conclusão do reperfilamento de suas debêntures aconteceu em 6 de abril, quando os debenturistas concordaram com os termos e condições propostos.
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