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Disney convoca seus vilões e planeja investir US$ 60 bi para se manter no topo
Maior expansão da história do Magic Kingdom prevê uma nova área temática, dedicada aos antagonistas
A Disney vai convocar seus vilões para salvar o mundo – ou melhor, para garantir os resultados de sua divisão de parques temáticos.
O conglomerado do Mickey, que também inclui a Pixar, a Marvel e a franquia Star Wars, está montando uma área temática todinha nova dentro do complexo Magic Kingdom. A ideia é enfrentar a bilionária expansão do Universal Orlando Resort, seu rival na indústria e vizinho na Flórida.
O embate promete: vilões da Disney lutando metaforicamente contra Harry Potter, Kung Fu Panda e companhia, marcas da Universal. O Villains Land – nome provisório do espaço – pode ter um tamanho equivalente ao da área dedicada ao universo de Star Wars.
O projeto surgiu como uma das ideias mais chamativas do plano de US$ 60 bilhões lançado na terça (12) pela companhia.
Os planos também incluem a criação de outra nova área dedicada à animação “Carros”, mais a construção de outros quatros navios de cruzeiros temáticos – aumentando sua frota para 10 embarcações.
Josh D`Amato, presidente da Disney Experiences, divisão do grupo responsável pelos parques, cruzeiros e videogames, apresentou as novidades durante o evento D23, uma espécie de ComicCon organizada pelo conglomerado.
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A preocupação com o crescimento da Universal tem raízes objetivas. O segundo trimestre deste ano trouxe notícias preocupantes para a Disney. O lucro operacional da divisão de parques, cruzeiros e videogames, que representou 69% da receita operacional do grupo em 2023, caiu 3%, para US$ 2,2 bilhões. A Disney culpou a inflação e uma “moderação na demanda dos consumidores” pelos resultados ruins.
D`Amato afirmou no evento que a ampliação do Magic Kingdom será a maior da história do complexo, fundado há 53 anos. Além disso, alguns bilhões estão reservados para a revitalização de outros parques da Disney ao redor do mundo ao longo de 10 anos.
O executivo da Disney Experiences é visto como potencial sucessor do CEO Bob Iger, que tem mandato até 2026. Agora, a terra dos vilões e os outros investimentos bilionários de sua divisão podem transformá-lo em herói. Ou virarem sua grande antagonista.
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