O nigeriano Aliko Dangote, homem mais rico da África, anunciou um plano de US$ 400 milhões (R$ 2,3 bi) para reativar uma segunda linha de produção na fábrica de cimento Mugher, na Etiópia, com o objetivo de dobrar a capacidade anual da unidade para 5 milhões de toneladas.
A fábrica etíope, que entrou em operação em 2015, enfrentou desafios, incluindo episódios recorrentes de violência na região, que resultaram na depredação de veículos e máquinas por manifestantes. O gerente do Dangote Cement Plc no país e outros dois funcionários foram assassinados em 2018.
"Apesar dos altos e baixos, conseguimos quitar todos os nossos empréstimos e repatriar nossos lucros", afirmou Dangote, CEO da Dangote Industries., durante uma coletiva de imprensa neste sábado (15), na capital etíope Adis Abeba. O projeto de expansão deve entrar em operação nos próximos 30 meses, disse ele.
Dangote também anunciou planos para estabelecer uma nova unidade de moagem de cimento com capacidade de 3 milhões de toneladas por ano. Em parceria com a estatal Ethiopian Investment Holdings, o grupo Dangote Industries pretende investir na fábrica de açúcar Omo Kuraz, afirmou.
Além de ser a maior produtora de cimento da África, a Dangote Industries é a dona da maior refinaria do continente, na Nigéria. Ela processa 650 mil barris por dia – 50% mais do que a maior refinaria da Petrobras, a Replan, em Paulínia (SP).
Aliko Dangote tem uma fortuna estimada em US$ 22,8 bilhões, de acordo com a Bloomberg. É a 66ª pessoa mais rica do mundo.