O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse na semana passada que as tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, vão trazer complexidade e custos para os negócios da fabricante brasileira de jatos e seus clientes nos Estados Unidos.
No tarifaço anunciado por Trump, o Brasil foi atingido com tarifas mínimas de 10% para todas as importações dos EUA, com taxas direcionadas de até 50%. A medida, segundo o presidente americano, foi tomada para ajudar os EUA a recuperar uma base industrial que ele afirma ter se enfraquecido ao longo de décadas de liberalização comercial.
As tarifas levaram fornecedores de produtos aeroespaciais e fabricantes de aeronaves a revisar contratos para verificar sua exposição em uma indústria que havia evitado em grande parte tais taxas.
Principal mercado da Embraer
Os Estados Unidos são o principal mercado da fabricante de jatos brasileira. No começo do ano, por exemplo, a Embraer recebeu a maior encomenda de jatos executivos de sua história: 182 unidades, de três modelos diferentes. O pedido veio da americana Flexjet, uma empresa de fretamento de aeronaves, e inclui contratos de manutenção. No total, o negócio envolve US$ 7 bilhões.
Na balança comercial Brasil-EUA, a receita com a exportação de “aeronaves e suas partes” saltou 36% entre 2023 e 2024 e ajudou o Brasil a quase zerar o déficit comercial com os americanos.