A possibilidade da operação chegou a ser aventada pelo CFO, Antonio Garcia, na teleconferência de resultados da companhia, na última terça-feira (4). Segundo o CFO, a empresa está reavaliando sua estrutura de capital. Além disso ele não enxerga, por ora, espaço para dividendos adicionais.
A empresa também informou nesta quinta-feira, que pagará R$ 147 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP). Dá R$ 0,20 por ação, a ser pago no dia 20 de maio de 2026. A data de corte para ter direito a receber os proventos é 12 de maio de 2026. Em 2025, a distribuição da Embraer somou cerca de R$ 209,7 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,28 por ação.
O programa tem início em 7 de novembro de 2025 e duração de 12 meses. A fabricante de aviões destaca que a recompra não deve impactar sua estrutura administrativa ou composição acionária, e que a situação financeira atual é compatível com a execução do programa.
A Embraer teve um terceiro trimestre de recorde de pedidos, mesmo sob o efeito de tarifas de 190% de importação pelos EUA. A empresa entregou 62 aeronaves no trimestre (20 jatos comerciais, 41 executivos e um KC-390), número cerca de 5% maior do que no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida do terceiro trimestre somou R$ 10,9 bilhões, alta de 15,8% em relação aos R$ 9,39 bilhões de um ano antes, e marcou um recorde histórico para o período.
Já o lucro líquido atribuível aos acionistas foi de R$ 622,6 milhões, abaixo dos R$ 991,6 milhões registrados um ano antes. Pelo critério ajustado – que exclui impostos diferidos e efeitos relacionados à Eve –, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 289,4 milhões, contra R$ 1,225 bilhão do mesmo período de 2024, quando o resultado foi turbinado pelos itens extraordinários relacionados ao pagamento feito pela Boeing.
