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EUA avaliam sanções a fornecedoras chinesas de chips da Huawei

A medida marcaria outra escalada na campanha dos EUA para restringir as ambições da China em matéria de inteligência artificial e semicondutores

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O governo dos EUA avalia sanções a uma série de empresas chinesas de semicondutores ligadas à Huawei, depois que a gigante das telecomunicações obteve um avanço tecnológico significativo no ano passado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A medida marcaria outra escalada na campanha dos EUA para restringir as ambições da China em matéria de inteligência artificial e semicondutores. Isso aumentaria a pressão sobre uma campeã nacional da indústria chinesa que fez avanços apesar das sanções existentes, incluindo a produção de um processador para smartphone no ano passado que muitos em Washington consideraram estar além de suas capacidades.

A maioria das entidades chinesas que poderiam ser afetadas foram previamente identificadas como instalações de produção de chips adquiridas ou em construção pela Huawei, em uma apresentação da Associação da Indústria de Semicondutores dos EUA, com sede em Washington, segundo fontes. Nenhuma decisão final foi tomada, disseram as pessoas. A apresentação da associação foi noticiada pela Bloomberg em 2023.

As empresas que podem estar na lista de sanções incluem as fabricantes de chips Qingdao Si’En, SwaySure e Shenzhen Pensun Technology, disseram as pessoas, que pediram anonimato. Autoridades do governo Biden também avaliam sanções à principal fabricante de chips de memória da China, a ChangXin Memory Technologies.

“Adicionar mais empresas chinesas à lista de entidades dos EUA é um evento altamente provável”, disse Edison Lee, analista do Jefferies, depois que a ChangXin foi identificada como possível alvo de sanções. “É fácil de implementar e justificar, e impedirá ainda mais que certas empresas chinesas importantes possam explorar as lacunas atuais nas restrições à exportação.”

Além das empresas que produzem chips, as autoridades dos EUA também podem sancionar a Shenzhen Pengjin High-Tech, segundo as pessoas, assim como a SiCarrier, disse uma das pessoas. A preocupação seria que essas duas empresas, que fazem equipamentos para fabricação de semicondutores, estariam ajudando a Huawei a obter equipamentos restritos. A Bloomberg revelou os laços destas empresas com a Huawei no final de 2023.

O governo dos EUA pressiona aliados como Países Baixos, Alemanha, Coreia do Sul e Japão para que reforcem ainda mais as restrições ao acesso da China à tecnologia de semicondutores. A Huawei é uma das empresas no centro dessa campanha, assim como dos esforços da China de reduzir sua dependência da tecnologia ocidental.

O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e a Secretaria de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA não quiseram comentar. Representantes de cada uma das empresas chinesas e do Ministério do Comércio da China não responderam a mensagens solicitando comentários. O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou que “se opõe resolutamente” às ações dos EUA que perturbam a ordem do mercado e prejudicam as empresas chinesas, mas não comentou especificamente sobre as possíveis medidas dos EUA.

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